As suspeitas levantadas na última semana na sua conta da rede Twitter pela eurodeputada socialista Ana Gomes (foto de cima), nomeadamente quanto ao facto de a sociedade gestora do Campo Pequeno com capitais de 91 milhões de euros ter sido vendida à Plateia Colossal de Álvaro Covões por 37 milhões levou agora o Ministério Público, através da 9ª Secção do Departamento Central de Inestigação e Acção Penal de Lisboa, a entrar em cena e a investigar todos os dados sobre a insolvência (decretada há seis anos) da anterior Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno SA, e sobretudo a gestão efectuada durante os últimos seis anos, período em que a empresa esteve intervencionada judicialmente, ou seja, a gestão da referida insolvência - revela hoje o site touroeouro.com.
O mesmo site adianta que "o processo poderá ter cerca de uma dezena de arguidos, entre instituições bancárias, e gestora do processo de insolvência e até mesmo alguns dos seus directores".
Um verdadeiro escândalo que ultrapassa todas as barreiras do mundo tauromáquico, se transforma num caso com contornos de "filme policial" e que, mais grave que tudo, pode agora vir realmente a pôr em causa a realização da próxima temporada taurina em Lisboa.
A venda da sociedade à empresa de Álvaro Covões encontra-se suspensa por via da providência cautelar interposta no passado dia 5 pelo antigo administrados da SRUCP e, como se isso não bastasse, a investigção do Ministério Público pode agora arrastar-se por tempo indefinido, inviabilizando, para já, a tomada de acções quer por parte do novo empresário, quer por parte da administração da insolvência, o que deixa "tudo paralizado" e, à partida, torna praticamente inviável a realização da temporada de touradas na primeira praça do país.
Em suma, uma trapalhada das antigas em nada favorável à Tauromaquia e ao seu normal desenvolvimento neste anos de 2020.
Fotos D.R.