domingo, 16 de fevereiro de 2020

Campo Pequeno: suspeitas levantadas pela eurodeputada Ana Gomes põem Ministério Público em campo



As suspeitas levantadas na última semana na sua conta da rede Twitter pela eurodeputada socialista Ana Gomes (foto de cima), nomeadamente quanto ao facto de a sociedade gestora do Campo Pequeno com capitais de 91 milhões de euros ter sido vendida à Plateia Colossal de Álvaro Covões por 37 milhões levou agora o Ministério Público, através da 9ª Secção do Departamento Central de Inestigação e Acção Penal de Lisboa, a entrar em cena e a investigar todos os dados sobre a insolvência (decretada há seis anos) da anterior Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno SA, e sobretudo a gestão efectuada durante os últimos seis anos, período em que a empresa esteve intervencionada judicialmente, ou seja, a gestão da referida insolvência - revela hoje o site touroeouro.com.
O mesmo site adianta que "o processo poderá ter cerca de uma dezena de arguidos, entre instituições bancárias, e gestora do processo de insolvência e até mesmo alguns dos seus directores".
Um verdadeiro escândalo que ultrapassa todas as barreiras do mundo tauromáquico, se transforma num caso com contornos de "filme policial" e que, mais grave que tudo, pode agora vir realmente a pôr em causa a realização da próxima temporada taurina em Lisboa.
A venda da sociedade à empresa de Álvaro Covões encontra-se suspensa por via da providência cautelar interposta no passado dia 5 pelo antigo administrados da SRUCP e, como se isso não bastasse, a investigção do Ministério Público pode agora arrastar-se por tempo indefinido, inviabilizando, para já, a tomada de acções quer por parte do novo empresário, quer por parte da administração da insolvência, o que deixa "tudo paralizado" e, à partida, torna praticamente inviável a realização da temporada de touradas na primeira praça do país.
Em suma, uma trapalhada das antigas em nada favorável à Tauromaquia e ao seu normal desenvolvimento neste anos de 2020.

Fotos D.R.