sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Campo Pequeno: vêm aí mais bombas!

Rui Bento há seis anos com João Gonçalves, que agora é o director-geral da
nova empresa de Covões no Campo Pequeno
Henrique e João Borges, filhos do grandes responsável pela remodelação do
Campo Pequeno, Dr. Henrique Borges (falecido no final do ano passado) vão
até ao fim e para a semana podem surgir novas acções. Álvaro Covões (foto
de baixo) "comprou" o Campo Pequeno há uma semana, mas agora o negócio
está suspenso devido à providência cautelar interposta pelo antigo administrador


João Borges (na foto de cima com seu irmão Henrique), antigo administrador da Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno SA, insolvente há seis anos, vai avançar na próxima semana com novas acções judiciais, depois de na véspera da assinatura do contrato de venda da exploração do Campo Pequeno ao empresário Álvaro Covões (foto ao lado) ter interposto no Tribunal do Comércio de Lisboa uma providência cautelar que, para já e até que o Tribunal analise os dados, mantém a venda suspensa e impede Covões (ausente do país) a tomar quaisquer decisões.
Os três directores da anterior empresa, Vasco Cornélio (eventos), Manuel Jacinto (área comercial) e Rui Bento (tauromaquia) mantêm-se em funções, mas o último continua "parado" no que respeita à elaboração dos cartéis de uma temporada que ainda ninguém sabe se se vai realizar ou não.
João Gonçalves, director-geral da nova empresa de Covões e que há seis anos integrara também a Administração da Insolvência como assessor de Paula Resende, é para já o único novo rosto da nova empresa Plateia Colossal que tem estado diariamente na praça.
Entretanto e ao que apurámos, a próxima semana pode ser "escaldante" com a promessa do Consórcio de Jornalistas de Investigação "Bullfight Leaks" da divulgação de documentos (que são públicos e não estão em segredo de justiça) de todo o processo de insolvência - que podem deixar muito boa gente e maus lençóis...
No meio tauromáquico, onde a preocupação aumenta de dia para dia pela falta de clareza e indefinção quanto ao futuro taurino da primeira praça do país, começa também agora a viver-se um clima de cortar à faca desde que foram conhecidas as personalidades que têm tentado "fazer a folha" a Rui Bento e já terão formado grupos para se candidatar a subarrendar datas e organizar espectáculos tauromáquicos - um processo que vai ainda fazer correr muita tinta e que pode mesmo fazer rolar algumas cabeças...
Para já o impasse continua e a nova empresa de Álvaro Covões está "de quarentena", sem poder tomar decisões, por via da providência cautelar interposta pelo anterior administrador, que suspende a venda e deixa todos de "mãos atadas".
Caso a venda venha mesmo a ser impugnada e anulada pelo Tribunal, Álvaro Covões avançará com um chorudo pedido de indemnização ao BCP.

Fotos Emílio de Jesus/Arquivo e D.R.