sábado, 15 de fevereiro de 2020

Pedro Caixinha ao "Tribuna Expresso": "Serei sempre um aficionado do Grupo de Montemor"

Pedro Caixinha em Dezembro de 2018 com os companheiros dos Forcados
Amadores de Montemor quando estes pegaram na Monumental do México
No ano passado na praça de Évora assistindo a uma corrida com Manuel Couto,
seu companheiro dos tempos de forcados no Grupo de Montemor
No México com José Franco "Grenho, Juan Andrés e Pablo Hermoso de Mendoza
Pedro Caixinha fotografado por Luis Azevedo a dar uma primeira ajuda a um
companheiro no Campo Pequeno e, em baixo, durante as cortesias numa outra
corrida, com a jaqueta do Grupo de Montemor que honrou ao longo de 12 anos


Pedro Caixinha, durante 12 anos (1990 a 2002) forcado do Grupo de Montemor, hoje afamado treinador de futebol, fala (também) de toiros e de pegas numa entrevista ao site "Tribuna Expresso"

"Sou e serei para sempre um aficionado do grupo de Montemor", diz Pedro Caixinha à jornalista Alexandra Simões de Abreu na entrevista ao novo suplemento de desporto do semanário "Expresso", "Tribuna", na sua edição online.
O antigo forcado explica de onde lhe veio a paixão por pegar toiros:
"Vem do meu pai que foi um forcado de referência nos anos 70, 80. Lembro-me que, quando tinha cinco anos, colocou-me na frente para pegar a primeira  vaca".
Questionado sobre se teve medo, responde:
"Não, penso que naquela altura não há tempo para ter esse tipo de sentimento. Somos tão novos que o medo é algo que não faz parte do nosso vocabulário. Então tive uma primeira experiência aos cinco, aos sete, aos nove e depois um interregno até aos 17, altura em que tentei experimentar. 'Será que consigo sozinho fazê-lo?' Porque nas outras alturas estava sempre com o meu pai atrás. Numa dessas garraiadas, numa terra ao pé de Beja, em Beringel, peguei duas ou três vacas e gostei".
O que é que o fascina na pega? - pergunta a jornalista.
"A arte, ou seja, o domínio e o controle emocional que senti quando fui forcado. Ainda em relação ao medo, penso que há uma fase de inconsciência, no início, onde nós não conhecemos nem dominamos a arte, não conhecemos o touro, não conhecemos o oponente que temos na frente. Vamos mais por curiosidade e por aquilo que é o grupo de amigos que temos e também a vontade de sobressair e de nos confrontarmos com aquilo que somos, de conhecer os nossos limites. Depois há uma fase em que vamos dominando os tempos, vamos conhecendo o animal e é uma fase limite ou top em relação àquilo que é a execução dessa tarefa. A seguir há um declínio, uma fase decrescente onde existe um conhecimento profundo, mas em que há um acompanhamento de uma vida profissional e familiar, onde olhamos para aquilo com um maior receio. Não só o receio daquilo que pode resultar dali para connosco, mas também para aquilo que é a nossa profissão e as responsabilidades familiares que temos".
Leia a entrevista completa em tribunaexpresso.pt

Fotos Emílio Méndez, M. Alvarenga, Luis Azevedo/Estúdio Z e D.R.