sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Praça das Caldas da Rainha interditada pela IGAC



A centenária praça de toiros das Caldas da Rainha foi interditada depois de recente vistoria da Inspecção-Geral das Actividades Culturais e só poderá reabrir depois das obras aconselhadas e que estão orçadas em cerca de 30 mil euros

Mais uma praça em risco de ficar fechada, num momento particularmente difícil para a Tauromaquia, depois do encerramento das praças de toiros de Viana do Castelo, Póvoa de Varzim e Setúbal, da indefinição que paira sobre o Campo Pequeno e agora tudo mais agravado ainda com o escandaloso caso dos galgos de João Moura, o cavaleiro de referência nos últimos cinquenta anos, julgado e condenado na praça pública por um caso que está a revoltar e a agitar o mundo taurino nacional e não só.
A centenária praça das Caldas da Rainha, inaugurada a 13 de Junho de 1883, foi "chumbada" na recente vistoria (anual) da IGAC e para reabrir precisa de obras que, segundo o seu concessionário, o empresário Rafael Vilhais (foto ao lado), "podem ascender a mais de 30 mil euros".
A praça, muitos anos gerida pelo saudoso empresário Alfredo Ovelha e mais recentemente por Paulo Pessoa de Carvalho e nos últimos anos por Rafael Vilhais, é propriedade de Manuel Jorge Díez dos Santos, filho do saudoso matador de toiros e empresário Manuel dos Santos. É palco todos os anos de três corridas, pelo menos, uma em Maio, outra em Julho e a tradicional data de 15 de Agosto.
Rafael Vilhais não sabe ainda "o que se vai passar" nem quando se vão iniciar as obras - e a cargo de quem, se dele, se do proprietário.
"A corrida de Maio pode ser que não seja possível ainda realizar, mas espero que as duas seguintes se concretizem", disse-nos o empresário.

Fotos D.R. e Emílio de Jesus/Arquivo