As medidas para a reabertura das praças de toiros anunciadas esta manhã pela DGS e pela IGAC foram, apenas e só, uma espécie de maçã envenenada, como na história da Branca de Neve. Resta agora saber se haverá algum Príncipe Encantado que nos acorde a tempo...
Miguel Alvarenga - O site "Naturales" de Patrícia Sardinha retratou bem aquilo que representa para a Tauromaquia o documento divulgado esta manhã pela Direcção-Geral de Saúde e pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais com as novas normas para a reabertura das praças de toiros: foi uma maçã envenenada, como aquela que a Bruxa deu à Branca de Neve e a pôs a dormir até ser beijada pelo Príncipe Encantado.
Resta agora saber se haverá na nossa história e no nosso filme algum Príncipe Encantado que nos acorde ou se vamos ficar para sempre a dormir. Que é o mesmo que dizer: sem touradas.
Sem as poder proibir, por estarem devidamente consideradas na Constituição como espectáculos legais, os governantes tentam a todo o custo asfixiar-nos e tornar impossível/inviável a realização de corridas de toiros.
Há quinze dias, a DGS dera a conhecer o Guia de Recomendações para a retoma do sector tauromáquico sem fazer uma mínima referência à obrigatoriedade de se deixar uma fila em branco entre espectadores, isto é, venderem-se bilhetes para fila sim, fila não. Estabelecia-se a distância de um lugar vazio entre cada espectador, mas nunca a obrigatoriedade de deixar uma fila vazia, o que reduz drasticamente a lotação das praças e, como já disseram os empresários, torna impossível a realização de touradas.
A introdução dessa norma no ponto 26 das orientações divulgadas hoje é uma clara e inequívoca intenção de bloquer a Tauromaquia, estilo "não podemos proibir, mas tornamos impossível".
A realização de espectáculos recentes na praça de toiros do Campo Pequeno em que não houve obrigatoriedade alguma de deixar uma fila deserta, antes pelo contrário, prova bem o que acabo de escrever. Há neste ponto 26 uma clara e inequívoca intenção de bloquear e asfixiar a Tauromaquia, voltando a discriminar o sector.
A DGS e a IGAC, certamente pressionadas por quem governa, deram-nos um presente envenenado.
No próximo sábado, dia 27, vamos todos para as ruas protestar!
Fotos D.R.