A propósito da notícia hoje avançada pelo site espanhol aplausos.es e aqui reproduzida, referente ao facto de a plataforma digital Vimeo ter censurado e cancelado as páginas dos sites "Mundotoro" e "Cultoro", em mais um atentado à liberdade de expressão e ao mundo tauromáquico em particular, recebeu o director do "Farpas" este mail de Diogo Marcelino, director do canal "Faenas TV", com informações bem elucidativas sobre o tema em questão
Caro Miguel,
Caso seja do seu interesse, gostaria de informar que em 2019 o Vimeo já tinha bloqueado os vídeos do Faenas TV.
Desde 2011, ano em que fundei o Faenas TV, sempre paguei uma subscrição anual no Vimeo para ter alojadas as reportagens realizadas, mas infelizmente nem devolveram o dinheiro, nem desbloquearam os diversos trabalhos do Faenas TV no Vimeo.
A solução passou por alojar os vídeos do Faenas TV no próprio site. O que implica um acréscimo monetário considerável, na actualização e manutenção anual do site do Faenas TV.
A rede social Facebook ainda permite publicar vídeos taurinos (que atingem milhares de visualizações), mesmo que por vezes diga que os vídeos podem ferir susceptibilidades.
Uma coisa é certa, cada vez é mais difícil fazer informação taurina. A publicidade é escassa, os custos de produção são elevados e a maioria das plataformas internacionais de alojamento de vídeo - YouTube e Vimeo - bloqueiam qualquer tipo de conteúdo relacionado com a Tauromaquia.
É muito importante que os agentes tauromáquicos percebam a importância dos sites de informação taurina nacionais e invistam neles, em vez de gastarem fortunas em modas (como por exemplo, o live streaming) que na maioria das situações, devido aos elevados custos que tem, não proporciona retorno financeiro.
Uma transmissão de uma corrida de toiros em live streaming tem custos a rondar entre os três e os quatro mil euros. Valor ao qual se acrescentam os direitos de imagem pagos ao Fundo de Assistência dos Toureiros Portugueses. O live streaming só faz sentido para os Açores e para as comunidades portuguesas espalhadas no Mundo, em Portugal continental afasta público das bancadas e em muitas ocasiões, devido aos elevados custos associados, não é viável financeiramente.
Enfim, cada cabeça sua sentença.
Um abraço Miguel e continue a divulgar a tauromaquia como sempre fez!
Diogo Marcelino
Foto D.R.