quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Ricardo Levesinho não merecia isto...

Primeiro Miguel Ángel Perera na Moita, agora Sebastián Castella em Vila Franca. Ambos na foto de baixo. As figuras de Espanha deixaram o empresário Ricardo Levesinho (foto de cima) pendurado - e ele não merecia isto. É azar a mais para um homem só...

Dinâmico empresário, com obra feita e pautada desde a primeira hora pela aficion, o empenho e a seriedade, Levesinho propôs-se este ano, apesar da temporada atípica que vivemos e de todas as restrições, trazer às feiras da Moita e de Vila Franca duas figuras do toureio mundial.

Para a Moita anunciou o matador espanhol Miguel Ángel Perera - e foi o que se viu. O toureiro amuou porque um dos toiros de Ascensão Vaz tinha dezasseis quilos a menos e foi reprovado pelo médico veterinário Carlos Santos, acabando depois por entrar na corrida - e recusou tourear. Foi substituído pelo português "Juanito", cujo triunfo fez esquecer que era Perera quem devia ter estado ali. Há males que vêm por bem...

Agora foi o francês Castella a desapontar Ricardo Levesinho - e a aficion portuguesa. Estava inicialmente anunciado para Julho, para a corrida do Colete Encarnado, que não se realizou devido à pandemia. Voltou agora a estar anunciado para a Feira de Outubro, no próximo domingo, dia 4 de Outubro, na "Palha Blanco", ele que viveu parte da sua juventude na Sevilha portuguesa e por cá granjeou muitos amigos e admiradores.

Ontem, a escassos três dias da corrida, anunciou que se retirava das arenas - e deixou Levesinho outra vez pendurado. O empresário disse ontem ao "Farpas" que esperava pela hora de almoço de hoje pela resposta definitiva de Castella, ainda com a esperança de que ele viesse. Mas não vem.

O empresário deverá anunciar o mais breve possível quem o virá substituir. Sobre a mesa, está, entre outros, o nome do português Manuel Dias Gomes, que no ano passado foi eleito como matador triunfador de Vila Franca.

Uma lição a tirar destas duas trapalhadas: as figuras mundiais, salvo raras excepções, estão-se nas tintas para Portugal e não nos respeitam minimamente. E nós insistimos em andar com elas ao colo...

Lamentável...

Fotos D.R. e M. Alvarenga