Rui Bento recuperou a casa, transformou-a numa espécie de museu da sua história. "Estão aqui pedaços do meu trajecto como toureiro". Um traje de luces azul e ouro, dos primeiros que vestiu. A "orelha de ouro" que conquistou na primeira novilhada promovida pela revista "Novo Burladero" em 1984 na praça de Alcochete, duas cabeças de toiros com que se cruzou em tardes de triunfo, troféus (muitos) que galardoaram o seu valor como toureiro ao longo de anos e fotos, muitas fotos, que recordam um sem número de vivências, de episódios, de amizades e de momentos de uma vida. De gente importante com que se cruzou.
É ali o seu refúgio, o seu retiro. É ali que recebe os amigos. E foi também ali que se fizeram importantes contratações e se traçaram estratégias durante os catorze anos em que geriu a praça do Campo Pequeno. "Quando quero estar tranquilo, é para aqui que venho. Nem rede existe, os telemóveis estão calados o tempo todo", diz. Chama-lhe "a minha casa da aldeia".
Ontem vivemos ali agradáveis momentos. E tantas recordações. Com os seus filhos Margarida e Rui (que tem como certa a decisão de não ser toureiro, mas já acompanha o pai nas funções de apoderado). Com o meu irmão Nuno, com o empresário do ano, o nosso Luis Miguel Pombeiro, e com dois toureiros de antigamente, o Paco Duarte e o Francisco Palhota.
Momentos bem passados. Uma tarde que estava para acontecer há anos e não havia meio de se concretizar. Fomos finalmente ao refúgio de Rui Bento. E havemos de voltar!
Fotos D.R.
Francisco Palhota, Miguel Alvarenga, Rui Bento, Paco Duarte, Luis Miguel Pombeiro e Nuno Alvarenga |
Com os filhos Margarida e Rui Pedro |
Toureiros de sempre: Palhota, Rui Bento e Paco Duarte |