Miguel Alvarenga - Neste dia cumprem-se também três anos da morte de João Nunes Patinhas, um histórico da forcadagem e um dos últimos grandes românticos da nossa tauromaquia, um Homem que dava gosto ouvir falar. Pelos seus conhecimentos, pela sua experiência, mas sobretudo pela grandeza da sua humildade.
João Patinhas tinha 82 anos e morreu - no mesmo dia em que perdemos “Nené” - em Évora, a terra que ele tanto amava. E onde um dia, 11 de Agosto de 1963, fundou o Grupo de Forcados da cidade, comandando-o até Maio de 1989.
Foi um grande Forcado e um extraordinário formador de forcados e condutor de homens. Fazia parte de uma geração-outra, de que era, na verdade, um dos últimos grandes representantes.
Antes de formar e fundar o Grupo de Évora, passou pelos de Santarém e de Montemor. Pegar toiros foi a forma como se destacou neste mundo da tauromaquia, marcando a diferença, levando a outras paragens - ao México, por exemplo, onde era ídolo - essa tão nobre e tão portuguesa arte de ser e viver Forcado.
Recordamo-lo com saudade.
Fotos Emílio de Jesus/Arquivo