"Não há justificação técnica ou política que determine esta forma de legislar!", afirma também a deputada social-democrata Fernanda Velez, na sua página da rede social Facebook, acusando o Governo de discriminação por não ter autorizado a reabertura das praças de toiros nesta nova fase do desconfinamento que hoje tem início.
Defensora corajosa da arte tauromáquica e presença assídua nas nossas praças de toiros, a deputada do PSD recorda que hoje se inicia "mais uma fase de desconfinamento e a reabertura, conforme previsto, de todas as actividades e espectáculos culturais, à excepção do Circo e da Tauromaquia".
"Integrar o Circo nas actividades recreativas, de lazer e diversão significa contrariar a Resolução do Parlamento Europeu, de 13 de Outubro de 2005, que exorta os Estados-Membros a reconhecer a actividade circense como parte da Cultura. Determinar que podem realizar-se espectáculos em recinto coberto ou ao ar livre, mas ficando excluídas 'praças, locais e instalações tauromáquicas', contraria o dever constitucional e a responsabilidade do Governo para com a tauromaquia, enquanto actividade cultural integrante do património português", considera Fernanda Velez. E acrescenta:
"Como supremo acto de hipocrisia, senão mesmo afronta de todo um sector, assistimos à autorização de realização de espectáculos na Praça de Toiros do Campo Pequeno, desde que não se trate de eventos tauromáquicos!".
"Estas decisões, levam-me a pensar que a Cultura está nas mãos de uma Ministra que, das duas uma, ou desconhece a legislação portuguesa, uma condição que deveria ser necessária ao cargo que desempenha, ou então acha que pode gerir o Ministério da Cultura com base na discriminação, impondo o seu gosto pessoal", afirma, a terminar.
Foto D.R.
