Marcelo Mendes, cavaleiro que esta temporada pouco foi visto nas arenas, deixou a sua marca nos dois festejos que se realizaram este fim-de-semana, triunfando na Barquinha com os Palhas e ontem na Azambuja com um bom toiro do Engº Jorge de Carvalho - a confirmar que merece maior atenção no próximo ano por parte das empresas.
O festival da Azambuja não registou a presença de público que a organização esperava. Vinha adiado da semana anterior e caiu no primeiro fim-de-semana da Golegã, o que terá afastado muito público. Além de que, valha a verdade, já não está tempo convidativo para ir a um espectáculo que se quer com sol e moscas...
Para além de Marcelo Mendes, os triunfos mais destacados couberam ao matador João Diogo Fera (que ontem se vingou da tarde menos feliz na "Palha Blanco", reafirmando a sua muita arte e o seu grande valor) e ao novilheiro João D'Alva, que já em Maio deixara nesta mesma praça um recado importante no que ao seu promissor futuro diz respeito.
No que aos cavaleiros diz respeito, nota positiva também para Gonçalo Fernandes e duas actuações menos regulares de Vitor Gonçalves e Filipe Vinhais, a acusarem o facto de tourearem pouco. Dois românticos da Festa.
Estreou-se o bezerrista Martim Torrão, aluno da Escola de Toureio da Azambuja, que mostrou vontade e intuição com o capote, as bandarilhas e a muleta.
Nas pegas estiveram os valorosos forcados Amadores de Azambuja, com intervenções de Rodrigo Tomás e Telmo Carvalho, ambos à primeira, João Branco à segunda e João Cabrinhas à quarta.
Lidaram-se toiros de São Martinho (quatro, de boa nota), do Engº Jorge de Carvalho (muito bom o que enfrentou Marcelo Mendes, cumprindo o novilho que coube ao bezerrista) e Calejo Pires (de excelente nota, lidado por João Diogo Fera).
O festival foi bem dirigido por Marco Gomes, que esteve assessorado pelo médico veterinário José Luis Cruz.
Foto António Lúcio/"Barreira de Sombra"