"Sevilha ofereceu-me o dinheiro que ganho para actuar numa praça de segunda ou terceira categoria!" - Diego Ventura falou ontem pela primeira vez das razões que motivaram a sua ausência na Feira de Abril na Real Maestranza, depois de na semana passada o empresário Ramón Valência também ter dado a sua versão dos factos, divulgando que o rejoneador exigira um cachet "incomportável" a que a empresa não conseguia fazer face.
Ontem, aos microfones do programa "Los Toros" do veterano Manuel Molés na rádio Cadena Ser, Diego Ventura pôs os pontos nos iis e considerou mesmo que que aquilo que aconteceu "são as coisas que se passam nestes momentos na Festa, que na verdade são coisas inexplicáveis, mas que sucedem...".
E pese embora inicialmente se ter apontado o nome do cavaleiro luso Rui Fernandes como cabeça de cartaz do primeiro cartel proposto pela empresa Pagés, Ventura não faz referência a isso, adiantando que "falaram-nos de tourear com Sérgio Galán pela frente e Guillermo Hermoso de Mendoza em terceiro lugar, creio que era um cartel precioso para Sevilha, mas logo a seguir, na hora do tema económico, não chegaram onde tinham que chegar. Ofereceram um dinheiro similar ao que ganho numa praça de segunda ou terceira, o que não nos pareceu correcto, não era o que deveria ser para ir a Sevilha".
Foto M. Alvarenga/Arquivo