Não perca tempo, reserve já os seus lugares para a II Gala da Tauromaquia - que dia 10 de Dezembro se realiza no Restaurante "Kais" em Lisboa.
Ligue 932 333 982 ou marque através do e-mail galatauriomaquia@gmail.com.
Já está esgotada 50% da lotação, ainda há 225 lugares disponíveis!
Foto D.R.
A empresa Plaza 1 divulgou na sua página web (las-ventas.com) os dados estatísticos da temporada de 2022 na Monumental de Las Ventas, em Madrid, onde se realizaram, entre 27 de Março e 12 de Outubro, 61 espectáculos: 38 corridas de toiros, 20 novilhadas e 3 corridas de rejoneio, a que assistiram um total de 828.920 espectadores, o que se traduz numa ocupação média de 60% da lotação da praça em cada corrida. Em 12 tardes, a lotação esgotou, colocando-se à entrada o cartaz "não há bilhetes".
Abriram este ano a porta grande de Las Ventas para sair aos ombros os novilheiros Victor Hernández, Diego García, Álvaro Alarcón e José Fernando Molina; os rejoneadores Lea Vicens e Guillermo Hermoso de Mendoza; e os matadores de toiros Tomás Rufo, Ángel Téllez, Roca Rey e Francisco de Manuel.
Destes, os matadores Roca Rey e Francisco de Manuel e os novilheiros Victor Hernández, Diego García e Álvaro Alarcón, bem como o rejoneador Guillermo Hermoso de Mendoza, foram os seis artistas que esta temporada protagonizaram faenas premiadas com as duas orelhas.
Nos 61 espectáculos celebrados em Madrid foram lidadas 394 reses, 28 das quais como sobreros. O toiro "Duplicado" de Victoriano del Rio (lidado no Domingo de Ramos) e o novilho "Embriagado" de Fuente Ymbro (lidado na Feira de Santo Isidro) foram premiados com volta ao ruedo, havendo ainda a registar que mais 133 reses foram ovacionadas ou aplaudidas no arraste.
Oa dados da Plaza 1 revelam ainda um crescimento significativo da adesão dos aficionados às redes sociais da empresa, com um total de 280.000 seguidores, sendo no Instagram que a empresa obteve maior visibilidade, superando a barreira dos 100.000 seguidores.
Foto Plaza 1/las-ventas.com
"Hoje vamos estar empenhados. O tempo vai ajudar e amanhã haverá toiros no Cartaxo!" - garante a Associação "Praça para Todos", que tem estado a proceder a trabalhos de manutenção da arena para assegurar a realização, amanhã, feriado 1 de Novembro, da tradicional corrida de Todos os Santos.
A bilheteira da praça de toiros do Cartaxo vai estar hoje aberta das 14h30 às 18h30.
A corrida de amanhã, que ao contrário de anos anteriores, não será a última da temporada, uma vez que ainda se vão realizar duas na Golegã a 6 e 12 de Novembro, tem cartel formado pelos cavaleiros Marcos Bastinhas, Luis Rouxinol Jr. e o praticante António Telles (filho) e pelos forcados da Azambuja, da Arruda dos Vinhos e do Cartaxo, lidando-se três toiros de Manuel Veiga e três de José Pereira Dias.
Foto D.R./Praça para Todos
A Tertúlia "Valores e Tradições" homenageou na semana passada, no seu habitual jantar, o Maestro Emídio Pinto - um tributo justo e merecido a um dos mais recordados cavaleiros tauromáquicos das décadas de 70 e 80.
Presente também seu filho, o cavaleiro Duarte Pinto - num agradável convívio com a presença de trinta associados da tertúlia.
Foto D.R.
A imprensa mexicana dá nesta manhã de segunda-feira destaque ao triunfo do rejoneador Cuauhtémoc Ayala ontem na praça francesa de Méjanes, onde cortou uma orelha com petição da segunda no festival solidário a favor dos Serviços de Pediatria dos hospitais de Nimes e de Arles (em cima, recorte do diário "Deportes" de hoje).
Cuauhtémoc Ayala terminou ontem a sua primeira campanha europeia - em que actuou em praças de Portugal, de Espanha e de França - saindo triunfador do festival em Méjanes, onde enfrentou um toiro da ganadaria Tardieu de boa nota e com transmissão, utilizando os cavalos "Girassol", "Vendas Novas" e "Cabaré", culminando uma aplaudida actuação com um par de bandarilhas que levantou o público e um rojão certeiro, cortando uma orelha.
O rejoneador mexicano repartiu cartel com os matadores Uceda Leal (orelha), Marc Serrano (duas orelhas) e Gomez del Pilar (duas orelhas e rabo) e com o novilheiro Lalo de Maria (duas orelhas). Actuaram ainda o jovem novilheiro Clemente Argous (orelha), triunfador da novilhada matinal; e o recortador Joachim Cardenas (que toureou de capote e muleta e cortou duas orelhas).
Fotos D.R.
Além de não fazer este ano campanha americana - para descansar da intensa temporada das 100 corridas -, Morante de la Puebla também não actuará no próximo ano nas primeiras feiras da temporada espanhola, nomeadamente as de Olivença (onde toureou este ano em duas tardes), de Illescas, as Fallas de Valência e a de La Magdalena em Castellón, revelou o diestro numa entrevista ao diário "El Mundo".
A primeira corrida da sua temporada em 2023 deverá ser a de Domingo de Páscoa na Real Maestranza de Sevilha.
Foto D.R.
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Depois da temporada histórica das 100 corridas, que ontem terminou em Ubrique, Morante de la Puebla vai descansar nos próximos meses e não fará este ano campanha nas Américas - divulgou hoje o site mundotoro.com.
O génio do toureio a pé voltará a vestir-se de luces só muito provavelmente na tradicional corrida de Páscoa em Sevilha no próximo ano.
Foto D.R.
De acordo com todos os intervenientes, o festival que esta tarde se deveria ter realizado na "Palha Blanco" ficou adiado para 26 de Março do próximo ano, informa o GFA de Vila Franca.
Não prejudicar as corridas que se anunciam para os próximos dias no Cartaxo e na Golegã, foi o motivo que levou a não o realizar no próximo fim-de-semana, como inicialmente chegou a ser pensado.
Foto D.R.
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| Fotos publicadas por aficionados no Facebook e que atestam as boas condições do piso da arena às 16h00 |
Estalou a polémica em Vila Franca, depois do cancelamento do festival taurino que se realizaria esta tarde e que encerrava as comemorações do 90º aniversário do GFA de Vila Franca e cuja receita revertia a favor das obras da sua Casa-Museu.
Um simples comunicado afixado junto das bilheteiras da praça "Palha Blanco" (fechadas à hora em que se deveria ter iniciado o espectáculo) informava, sem grandes explicações, que o festejo fora cancelado pela "falta de condições do piso da arena", o que teria motivado os cavaleiros a tomar de decisão de não tourear. O piso, recorde-se, encontrava-se desde ontem coberto por uma lona (foto de baixo), dado o anúncio de chuva na noite anterior.
À hora do início do festival, 16h00, elementos antigos e actuais do GFA de Vila Franca de Xira, que acabavam de marcar presença na inauguração do Largo do Forcado (junto à praça), fizeram questão de abrir as portas da "Palha Blanco" para que o público e os jornalistas atestassem que "não era verdade" o motivo alegado no comunicado para o cancelamento do festival.
Os jornalistas do site touroeouro.com puderam constatar que às 16h00 o piso da arena "tinha todas as condições" para a realização do espectáculo, bem como inúmeros aficionados. Muitos deles publicaram depois nas redes sociais fotos da arena, que aqui reproduzimos com a devida vénia - a comprovar, como refere o site, que "não são lícitos" os motivos alegados para o adiamento do evento.
Segundo refere o touroeouro.com, os cavaleiros João Salgueiro (pai) e Marcos Bastinhas terão sido os únicos que se disponibilizaram para tourear, por confirmar que o piso reunia condições. Mas o director de lide, João Moura, e os outros cavaleiros, António Telles, Rui Salvador e Luis Rouxinol, terão tido opinião contrária.
Na sua página da rede social Facebook, Marcos Bastinhas publicou um cartaz com a palavra "cancelado" por cima da sua foto (em baixo) e escreveu: "Tinha uma grande ilusão de voltar a estar com o público desta terra, mas pelos vistos o piso da praça não reuniu condições".
Luis Santos Cagareu, antigo e recordado forcado do Grupo de Vila Franca, respondeu a Bastinhas desta forma:
"Porquê o Sr. Marcos Bastinhas não é verdadeiro? Porquê não dizer a verdade? Em 6 cavaleiros, 4 deles não quiseram tourear! O piso às 16h estava em plenas condições para um excelente espetáculo! É uma vergonha a nossa festa estar em mãos de alguns cavaleiros que se dizem ser figuras. Se não podem ou não conseguem aqui andar, deixem de enganar o público aficionado! Ganhem vergonha e digam as verdades".
Muitos mais aficionados comentaram no Facebook o escândalo desta tarde na "Palha Blanco", revoltados com o cancelamento do festival e também com o facto de nenhum camião de cavalos dos seis toureiros que estavam anunciados ter sido visto ou achado nas imediações da praça nas horas que antecederam o início previsto do festejo - o que, à partida, lança suspeitas sobre a antecedência com que pode ter sido tomada a decisão de não realizar o festival.
Os toiros de Passanha chegaram a ser descarregados na praça, tendo o ganadeiro Diogo Passanha, autorizado mesmo que fossem embolados (não chegaram a sê-lo), segundo o touroeouro.com, assumindo a responsabilidade da eventual decisão que dali poderia decorrer.
Os quatro cavaleiros que se terão recusado a actuar, noticia o touroeouro.com, fizeram mesmo questão de que a directora de corrida, Lara Gregório de Oliveira, deixasse escrito no retalória para a IGAC que "não havia condições para a realização do espectáculo", tendo a directora exigido que os mesmos assinassem essa afirmação.
Na arena e quando os forcados abriram a "Palha Blanco" para mostrar a todos que o piso tinha todas as condições para a realização do espectáculo, estiveram também, segundo o touroeouro.com, o veterinário da corrida, Jorge Moreira da Silva, os empresários da praça (Família Levesinho) e ainda Luis Capucha, presidente da Associação de Tertúlias Tauromáquicas.
Até ao momento, não foi ainda anunciada uma nova data para a realização do festival.
Fotos D.R.
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| Arena da "Palha Blanco" estava desde ontem coberta por lona; em baixo, o cartaz publicado por Bastinhas no Facebook |
António Ferrera, além de ser uma figura de primeira linha do toureio mundial, é também um matador que costuma apresenta-se nas arenas portuguesas com muito carinho e respeito pelo público português. Esta união ibérica tornou-se hoje, ainda mais forte, com a integração do bandarilheiro João Diogo Ferreira na sua quadrilha. Ambos na foto de cima, no ano passado em Las Ventas.
Há duas temporadas que o bandarilheiro português tem sido presença regular na quadrilha de Ferrera, apresentando-se sob as ordens do matador em praças portuguesas e também nas praças espanholas de Olivenza, Badajoz, Pamplona, Sevilha e Madrid.
João Ferreira (foto de baixo), irmão do matador de toiros António João Ferreira, tem traçado um percurso profissional muito coeso e de grande qualidade, o que tem feito com que a sua arte passe fronteiras e é considerado como o bandarilheiro português que mais tem dado que falar no panorama nacional e internacional.
Fotos Plaza 1 e Emílio de Jesus/Arquivo
Última Hora - Foi cancelado o festival taurino que dentro de momentos se deveria iniciar em Vila Franca de Xira.
Apesar de todos os esforços levados a cabo nos últimos dias pela empresa Tauroleve para manter em bom estado o piso da arena da "Palha Blanbco", os toureiros entenderam não estarem reunidas as condições para a realização do espectáculo.
Embora ainda sem confirmação oficial, o mesmo pode vir a realizar-se no próximo fim-de-semana.
Última Hora - O rejoneador mexicano Cuauhtémoc Ayala cortou uma orelha, com forte petição na segunda, no primeiro toiro do festival taurino solidário que esta tarde se está a realizar na praça francesa de Mejánes e em que actuam ainda os matadores Uceda Leal, Marc Serrano e Gomez del Pilar e o novilheiro Lalo de Maria.
Cuauhtémoc Ayala termina hoje a sua primeira campanha europeia, em que actuou em praças de Portugal, de Espanha e de França, regressando no início da semana ao México para dar início à temporada de 2022/2023, onde está já anunciado em diversas praças.
No próximo ano, Ayala volta a actuar na Europa e tem já alguns compromissos assumidos em arenas de Portugal.
Foto D.R.
Eva González e o matador de toiros Cayetano Ordoñez, filho do mítico toureiro Francisco Rivera "Paquirri", estão separados depois de "grave crise, após sete anos de casamento" - divulga esta semana a revista "Hola", que faz do divórcio a primeira página da sua edição (em baixo).
Segundo a "Hola", o toureiro está a viver na sua finca "El Recreo de San Cayetano" em Ronda e a apresentadora de televisão está em sua casa em Mairena del Alcor com o filho Cayetano.
Fotos "Hola" e Fernando Clemente/Arquivo
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| Cayetano com Miguel Alvarenga em Maio de 2019 no Campo Pequeno, quando cá veio tourear na corrida de homenagem ao Maestro Bastinhas, exibindo o programa da corrida da apresentação de seu Pai, o eterno "Paquirri", no Campo Pequeno, que lhe foi oferecido pelo jornalista; e, em baixo, a capa da "Hola" desta semana |
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| Bernardo Campino, cabo do GFA do Cartaxo, no uso da palavra, ontem, na inauguração da Casa do Forcado, com o presidente da Câmara, João Ferreira Heitor |
A Câmara Municipal do Cartaxo e a Associação Grupo de Forcados Amadores do Cartaxo firmaram ontem o acordo de cedência de espaço na praça de toiros do Cartaxo - que permitiu a criação da Casa dos Forcados, a cuja inauguração compareceram muitos aficionados (fotos).
João Ferreira Heitor, presidente da Câmara Municipal, considera que o acordo concretiza a (louvável e que temos de aplaudir) vontade da autarquia no apoio à cultura tauromáquica, com fortes ligações à comunidade.
Fotos Fernando Clemente
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| O presidente da Câmara com o GFA do Cartaxo ontem na inauguração da Casa dos Forcados; e, em baixo, o autarca com Vitor Teixeira Santos e Bernardo Campino |
Diogo Peseiro triunfou em 2022 com a mão da verdade, por naturais de sentimento e toreria!
E, garante-nos o apoderado Maurício Vale, já vai planeando datas de 2023 em arenas de Portugal... como matador de toiros!
Muito em breve, todas as novidades da alternativa, que deverá ocorrer no início da próxima temporada.
Foto Jorge Delgado/@Diogo Peseiro
Depois da apoteose de ontem em Ubrique - onde cortou um rabo e duas orelhas ao segundo toiro do seu lote, de Bohórquez (foto), toiro premiado com volta ao ruedo -, o "furacão" Andrés Romero termina a sua memorável temporada no próximo dia 12 de Novembro na Golegã, na última corrida do ano no nosso país.
Romero protagonizou ontem aquela que ele próprio, nas redes sociais, considerou "a melhor actuação da minha vida" e que foi, na realidade, uma das grande actuações equestres da presente temporada, consagrando-o, de forma inquestionável, como um dos maiores intérpretes do momento da nobre arte de lidar toiros a cavalo.
Uma tarde de apoteose testemunhada pelo público que encheu ontem até às bandeiras a praça de Ubrique e pelos milhares de aficionados que seguiram a transmissão em directo no Canal Sur.
Foi um fecho apoteótico e verdadeiramente magistral de uma época grande e, como já aqui referimos anteriormente, o triunfo tem que ser repartido com o apoderado António Nunes (foto de baixo), o manager que este ano marcou uma vez mais a diferença pela primorosa gestão da carreira do toureiro, elevando a sua cimeira posição nos primeiros palcos da Tauromaquia Ibérica.
Depois de ontem, a expectativa é agora enorme para revermos Andrés Romero no próximo dia 12 de Novembro na Golegã (cartaz em baixo), onde este ano, pela primeira vez, se vão realizar duas grandes corridas de toiros. Romero repartirá cartel com Moura Caetano e Francisco F. Núncio frente a toiros das consagradas ganadarias Paulo Caetano e Passanha, estando nessa última tarde da temporada as pegas a cargo dos forcados do Ribatejo, da Chamusca e de Beja.
Fotos Santiago Romero e Emílio de Jesus/Arquivo
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| Andrés Romero & António Nunes: dupla de sucesso! |
Miguel Alvarenga - António Martín Maqueda nasceu em Sevilha há 122 anos. Foi o mais português de todos os sevilhanos, viveu praticamente toda a sua vida em Portugal e foi o estrangeiro que mais fez, ao tempo, pela nossa cultura. Ilustrou nos últimos anos de vida as crónicas taurinas de Nizza da Silva e Saraiva Mendes no “Diário Popular” e deixou obra feita, também, a publicação de vários livros sobre a Tauromaquia Portuguesa - e um dia desenhou-me também a mim. Morreu em Agosto de 1989 em Lisboa com 87 anos. Recordamo-lo e rendemos-lhe homenagem no 122º aniversário do seu nascimento.
Nascido em Sevilha a 30 de Outubro de 1900, António Martín Maqueda veio viver para Portugal quando eclodiu a Guerra Civil no seu país. Crítico, pintor e escritor do tema tauromáquico, começou por residir na cidade do Porto, onde durante vários anos desenhou os monumentos e as tradições portuguesas, deixando um espólio valioso que foi reproduzido em postais e gravuras e esteve patente em inúmeras exposições de pintura.
Grande aficionado e conhecedor da arte tauromáquica, exerceu as funções de crítico em diversos jornais, onde deixou também os seus desenhos, casos do espanhol “Apuntes” e do português “Diário Popular”, onde a partir de 1961 ilustrou semanalmente as crónicas de Nizza da Silva e posteriormente as de Saraiva Mendes.
Durante vinte e cinco anos escreveu também no jornal “O Primeiro de Janeiro”, do Porto, onde ilustrou com os seus apuntes muitas crónicas tauromáquicas. Colaborou também no “Diário Ilustrado”.
Começou a ilustrar críticas tauromáquicas no diário “El Liberal” de Sevilha em 1925 e posteriormente colaborou também nos jornais “Crónica”, “ABC”, nas revistas “El Ruedo”, “Toros”, “El Burladero” e “Dígame”, entre muitas outras publicações.
Escreveu vários livros de temática tauromáquicas, sendo os mais célebres “Ganadarias Portuguesas”, “A Vida do Toiro”, “Sabe Ver uma Corrida de Touros?” e “Portugal Artístico Tauromáquico”, este com prefácio de Vitorino Nemésio.
Foi, ao longo de toda a sua vida, “um dos estrangeiros que mais fez pela cultura portuguesa”, como recorda António Manuel de Moraes no capítulo que lhe dedica no livro “A Praça de Toiros de Lisboa - Campo Pequeno” (1992).
Martín Maqueda foi galardoado nos anos de 1945, 1946 e 1958 pela Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa e também recebeu honrosa distinção da Associación de Pintores e Escultores de Madrid, entre outras.
António Martín Maqueda, que era um grande apaixonado pelo nosso país, morreu em Lisboa em Agosto de 1989 com 89 anos de idade.
Poucos anos antes, enquanto membro fundador da Tertúlia Tauromáquica D. Miguel I, prestei-lhe homenagem, juntamente com os meus companheiros dessa aventura Vitor Escudero, João Pedro Cecílio e José da Cunha Mota, homenagem essa que decorreu numa instituição lisboeta e constou de uma conferência - durante a qual Martín Maqueda me desenhou, estava eu sentado na mesa, apunte esse que guardo como relíquia única (em baixo).
Guardo também o quadro que meu Pai comprou há uns anos num antiquário e que me ofereceu pouco antes de morrer (em baixo) - no qual Martín Maqueda imortaliza Mestre João Branco Núncio na corrida de celebração dos seus 50 anos de toureio em 1973 no Campo Pequeno, desenhos que foram ao tempo dados à estampa no “Diário Popular”.
Fotos D.R.
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| Miguel Alvarenga desenhado por Martín Maqueda (anos 80) |
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| Mestre Núncio na corrida dos 50 anos de alternativa em Lisboa. |
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| Outro quadro de Martín Maqueda |
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| O seu último livro, com prefácio do Prof. Vitorino Nemésio |
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| Um dos melhores livros de Maqueda |
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| Nos últimos anos de vida, ilustrava as crónicas de Nizza da Silva e Saraiva Mendes no jornal "Diário Popular" |
Depois de lidar de capote e de bandarilhar de forma soberba o segundo toiro do seu lote, de Carlos Nuñez, quinto da tarde da corrida de ontem em Ubrique, 100ª e última da sua história temporada (em que celebrou 25 anos de alternativa), o Maestro Morante de la Puebla acercou-se do seu apoderado e amigo Pedro Jorge Marques e brindou-lhe a última grande faena do ano, de lágrimas nos olhos, não conseguindo esconder a emoção que lhe ia na alma. Um momento emotivo captado pelas câmaras do Canal Sur.
"Um momento que nunca esquecerei. O brinde e abraço de um amigo, um irmão e um apoio para toda a minha família! Meu toureiro!" - escrevei ontem Pedro Marques na sua página do Facebook.
Foto Canal Sur
Miguel Alvarenga - "Andrés Romero y Morante de la Puebla desatan la locura en Ubrique" - é o título da crónica de Manuel Vera no site aplausos.es, da apoteótica corrida que ontem se realizou em Ubrique (Cádiz) e onde o génio do toureio a pé finalizou a sua histórica temporada alcançando a 100ª corrida e cumprindo assim o seu propósito de homenagear a figura de Joselito "El Gallo", Rei dos Toureiros, seu ídolo maior e que no seu tempo somou em mais que uma temporada igual número de actuações.
Alguns portugueses deslocaram-se a Ubrique para assistir à corrida e muitos outros, como nós, viram-na através do Canal Sur, podendo comprovar a "loucura" que Morante criou no quinto toiro (a que cortou as duas orelhas) e a magistral actuação de Andrés Romero no quarto da tarde (premiado com os máximos troféus, duas orelhas e rabo), saindo ambos em ombros com Pablo Aguado, que cortou também duas orelhas, uma em cada toiro.
Andrés Romero deu uma lição magistral de toureio a cavalo e reafirmou ontem em Ubrique a plenitude alcançada na sua carreira, encerrando de forma verdadeiramente apoteótica a sua campanha em Espanha, faltando-lhe apenas uma corrida, aquela em que no próximo dia 12 de Novembro vai participar na Golegã, também depois de uma temporada marcante em arenas portuguesas.
Romero, que protagonizara brilhante actuação no primeiro toiro da tarde, não rematada com o rojão de morte (ovação nos médios), entrou depois em praça, no quarto da ordem, um toiro belíssimo de Bohórquez premiado com volta ao ruedo no arraste, decidido a marcar a tarde e a marcar também a força e a importância do seu toureio.
O rejoneador andaluz recebeu o de Bohórquez com uma arrojada e emotiva sorte de gaiola e ficou desde logo com o público no bolso, levantando-o depois das bancadas a cada ferro, destacando-se em arrimados quiebros e em sortes frontais com batidas ao píton contrário, rematadas com adornos de grande espectacularidade e ladeios que emocionaram e galvanizaram o público.
Rematou a sua histórica actuação com três palmitos e um rojão certeiro e implacável que voltou a levantar o público nas bancadas, sendo premiado com o rabo e as duas orelhas.
Andrés Romero reafirmou ontem a sua incontestada posição entre os primeiros do rejoneio na actualidade e fechou com chave de ouro a sua campanha espanhola, aumentando - e de que maneira! - a expectativa para o revermos no próximo dia 12 de Novembro na última corrida da temporada, na Golegã, onde vai repartir cartel com João Moura Caetano e Francisco F. Núncio.
Uma palavra, também, por justiça e inteiro merecimento, ao trabalho desenvolvido ao longo da temporada pelo seu apoderado luso António Nunes, que marcou um ano mais a diferença e o levou aos primeiros palcos da Tauromaquia de Espanha e Portugal.
Na transmissão do Canal Sur, o consagrado rejoneador Fermín Bohórquez, um dos comentadores, não poupou elogios a Romero, congratulando-se também, como é natural, pela forma como o rejoneador andaluz lidou o segundo toiro do seu lote, um magnífico exemplar da sua ganadaria, numa lide em que, curiosamente, utilizou dois fantásticos cavalos com o ferro Bohórquez.
Morante de la Puebla, um ano mais na liderança do pelotão de matadores, obteve um triunfo memorável no quinto toiro da tarde, depois de já no segundo ter deixado muitos "apuntes" da sua inigualável arte, perdendo os troféus com a espada. Frente ao quinto toiro, Morante esteve verdadeiramente superior, cumprindo até um empolgante tércio de bandarilhas e desenhando uma faena de sonho com a muleta, depois de ter estado também em plano de grande e soberba maestria com o capote, tércio em que é Rei e Senhor.
Foi premiado com as duas orelhas do quinto toiro de Carlos Nuñez, fechando também com chave de ouro a sua histórica temporada das 100 corridas. Melhor era mesmo impossível!
Pablo Aguado não se ficou atrás, não deixou os seus créditos por triunfadores alheios. Cortou uma orelha ao terceiro toiro da corrida e outra ao último, saindo também em ombros e em glória com os grandes triunfadores da tarde, Romero e Morante.
Ao início da corrida, que registou uma enchente até às bandeiras, foi guardado um minuto de silêncio pela morte de Jesús Quintero, uma lenda da crítica taurina espanhola; e homenageou-se Morante de la Puebla com a entrega de uma lembrança pela sua 100ª e última corrida de tão histórica temporada.
Pablo Aguado brindou a sua primeira faena a Alfonso Cadaval e a segunda a Morante. Morante, por sua vez, brindou a última faena da temporada ao seu dedicado apoderado e amigo Pedro Jorge Marques. E Andrés Romero brindou a primeira lide aos companheiros de cartel e a segunda aos aficionados da sua terra que o foram apoiar ontem a Ubrique.
Uma corrida para a História!
Fotos Canal Sur/mundotoro.com, aplausos.es, Santiago Romero/@Andrés Romero e Alicia Peñarrubia/Tendido 5
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| Praça de Urique cheia até às bandeiras! |
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| Rabo e duas orelhas: máximos troféus para Andrés Romero! |
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| Andrés Romero deu uma magistral lição de toureio a cavalo. Na foto de cima, brindando a primeira lide a Morante e Aguado |
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| Morante homenageado ao início da sua 100ª corrida |
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| Maestro Morante abriu o livro e enlouqueceu o público no quinto toiro da tarde |
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| Pablo Aguado não foi um mero espectador da tarde de apoteose de Romero e Morante. Cortou duas orelhas e também saíu triunfalmente em ombros |
