Morreu José Serrão de Faria (88 anos), conhecido como "o pintor do Cavalo Lusitano".
"As suas obras, muitas vezes associadas à cultura e tradição portuguesa, tornaram-se ícones, celebrando o Cavalo Lusitano em toda a sua elegância e majestade. A sua partida deixa um vazio imenso no universo da arte, mas o legado que deixou, especialmente nas suas representações de cavalos, permanecerá eternamente vivo. Que a sua memória seja honrada, e que as suas obras continuem a inspirar futuras gerações de artistas e admiradores" - lê-se na homenagem que hoje lhe é feita na página do CRCET-Equitação de Trabalho Centro na rede social Facebook, onde Serrão de Faria é recordado como "um apaixonado por cavalos, uma referência no mundo da pintura, sendo admirado pela sua habilidade técnica e pela forma como transmitia a alma desses animais através da tela".
José Francisco Quelhas Serrão de Faria era natural de Azinhaga, onde nasceu a 21 de Fevereiro de 1937. A sua obra retrata magistralmente sobre o papel, sobre a tela, as “linhas”, dos magníficos ‘filhos do vento’ da Lusitânia. É com fina sensibilidade, profundo conhecimento e singular arte que representa com os seus pincéis, também os campinos e as suas montadas na sua faina diária, o gado bravo, e a paisagem da lezíria e do espargal. A sua oficina de criação insere-se no Solar dos Serrão, casa de família do século XVI, na Azinhaga.
Frequentou cursos de gravura, litografia, serigrafia e xilogravura na Cooperativa de Gravadores Portugueses. Como caudeleiro, foi ainda Presidente do Stud-Book Lusitano e autor de publicações sobre o Cavalo, tais como “Caballus”, “Ginete Ibérico” e o “Solar do Cavalo”. Autor ainda de outros livros como “Dois Dedos de Conversa”, “Futebol, Iluminuras e Textos Consagrados”, “Vales Traçados”, “Lisboa do Rio para as Colinas” e “Olivença”, foi ainda colaborador do jornal “A Capital” e de vários outros jornais e revistas. Está representado em várias colecções particulares, nacionais e estrangeiras, sendo ainda de salientar a sua participação em inúmeras exposições colectivas em Portugal e no estrangeiro.
A toda a Família enlutada, apresentamos as nossas condolências.
Que em paz descanse.
Foto D.R. e telas Serrão de Faria