segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Rui Bento comenta polémica em Madrid: "É ridículo..."


"Alguém se sente ameaçado, porque não é normal que às 13 horas e 50 minutos de hoje a praça de toiros de Lisboa, com a história que tem, mude de categoria assim de repente. Tudo isto é ridículo e muito estranho" - comenta Rui Bento, gestor da primeira praça de Portugal, candidato no grupo de Tomás Entero à concessão da Monumental de Madrid, depois das notícias que hoje davam o Campo Pequeno classificado como "praça de segunda categoria" pelo Convénio Colectivo Nacional Taurino.
"Todos os toureiros, subalternos, moços de espadas, etc., sempre cobraram em Lisboa os honorários de uma praça de primeira", adianta Rui Bento, considerando "ridícula" esta classificação:
"Não sei de onde terá saído isso... É a primeira praça do país, de um país da Comunidade Europeia, é a praça da capital, todos os profissionais do toureio a consideram desde sempre, de toda a vida, de primeira categoria. Todo o mundo cobrou sempre no Campo Pequeno honorários de uma praça de primeira".
Tomás Entero, líder do grupo empresarial formado também pela Sociedade Campo Pequeno/Rui Bento e por Beca Belmonte, que hoje apresentou a sua candidatura a Las Ventas, diz, por seu turno, que "o que na verdade conta é o que for valorizado e considerado pela Comunidad de Madrid, de acordo com os documentos que apresentámos".
Segundo o site da revista "Aplausos" - www.aplausos.es - a proposta apresentada hoje pela UTE de Entero, Bento e Belmonte, inclui um documento da Associação Nacional de Organizadores de Espectáculos Taurinos (ANOET) espanhola que atesta que a praça do Campo Pequeno pode considerar-se como praça de primeira categoria, posto que, segundo a própria entidade, todas as capitais de província que dão mais de 15 espectáculos taurinos por ano estão classificadas como tal.
Tomás Entero acrescenta que não está nada preocupado com o que possa alegar o mencionado Convénio.

Foto João Dinis/Arquivo