Primeira lide de João Moura, ontem no Campo Pequeno, foi um assombro. "Niño Moura", coisa eterna... e o resto continuam a ser cantigas... |
O temple e a arte de Pablo Hermoso marcaram a corrida de ontem em Lisboa. Campo Pequeno registou a maior entrada de público deste ano |
Toureiros de uma outra galáxia, toiros para que aconteça arte, sem grande transmissão e rara emoção, mas a realidade é que este, discutível em termos de essência do espectáculo e de aparente ausência maior de risco, é o espectáculo que algum público prefere e assim se explica que a corrida de ontem tenha registado, a milímetros de esgotar, a maior entrada da temporada no Campo Pequeno.
João Moura superou-se a ele próprio na lide do primeiro toiro da noite e voltou a mostrar qiue o resto são mesmo cantigas; Pablo Hermoso de Mendoza deu o seu magnífico show de temple, de arte e de beleza nos seus dois toiros: e João Moura Júnior acabou com o quadro, estoirou com tudo, no que fechou a corrida, protagonizando aquele que foi até hoje a sua mais brilhante exibição na primeira praça do país. Um verdadeiro e indiscutível assombro! O genadeiro Francisco Romão Tenório (foto ao lado) foi chamado à arena e deu volta com Moura Júnior no final da corrida.
Quanto às pegas, a cargo dos grupos de forcados de Tomar, Portalegre e Aposento da Chamusca, os maiores destaques, em noite assim-assim para a arte de pegar toiros, coube a Ricardo Almeida (GFA de Portalegre) e a Francisco Andrade (Amadores do Aposento da Chamusca).
Manuel Gama dirigiu com acerto numas vezes e estranha indecisão noutras. Mesmo assim, foi consensual.
Mais logo, não perca aqui a análise de Miguel Alvarenga e todas as fotos de Maria João Mil-Homens.
Fotos Maria Mil-Homens