quarta-feira, 23 de maio de 2018

Prótoiro lamenta morte de Júlio Pomar e evoca a sua paixão pela tauromaquia

Júlio Pomar numa das suas derradeiras presenças numa praça de toiros, no
caso a da Moita, com Carlos Alberto Moniz e Elísio Summavielle
Cabeça de toiro: símbolo da Federação Prótoiro foi desenhado por Júlio Pomar

Em comunicado, a Federação Prótoiro lamenta a morte de Júlio Pomar e evoca a sua ligação e a sua paixão, desde sempre, pelo mundo da tauromaquia.

É com profundo pesar que a Prótoiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia se despede de Júlio Pomar, um dos maiores artistas plásticos de sempre do país.
Com uma forte ligação ao mundo da tauromaquia, campinos, cavaleiros, bandarilheiros ou entradas de toiros foram tantas vezes pintados e desenhados pelas suas mãos. Uma paixão que marcou, sobretudo, a produção artística dos anos 60 - a fase da ‘Tauromaquia’, numa busca incansável pelo estudo do movimento. Júlio Pomar inscreveu a tauromaquia na arte moderna portuguesa, tratando-a como uma fonte de inspiração inesgotável.
Júlio Pomar foi também o autor do logótipo da nossa federação. Por isso agradecemos a este aficionado e é com uma enorme honra que exibimos o seu trabalho.
Nascido em Lisboa, a 10 de janeiro, Júlio Pomar cedo começou a ir às touradas no Campo Pequeno. Uma tradição interrompida, mas mais tarde retomada já em adulto. Confessava, sem acanhamento, o fascínio pelo movimento e representação de tudo o que se passava dentro da arena. Considerava até uma hipocrisia esconder-se do público a morte do toiro.
Aos 90 anos, numa entrevista ao DN dizia que ainda se sentia como um touro a entrar na arena: “Ai sim, sim, sim. Ainda me sinto assim, estonteado por aquilo que o ver me revela”.
A Prótoiro endereça à família e aos amigos de Júlio Pomar as mais sentidas condolências.

- Federação Prótoiro

Foto Emílio de Jesus