sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A novilhada de 4ª feira na Moita - pela objectiva de Maria J. Mil-Homens

Cavaleiros e novilheiros actuaram na 4ª feira numa praça da Moita às moscas...
Que é feito da aficion moitense, outrora tão entusiasta pelo toureio a pé? Já na
véspera as bancadas tinham estado quase vazias na tarde dos matadores...
Francisco Correia Lopes teve uma lide de bom nível a fazer alarde do seu puro
classicismo e da arte do seu toureio
Após aparatosa queda, por o cavalo ter escorregado, Ricardo Cravidão encheu-se
de casta e cravou ferros emotivos numa lide que veio a mais e reafirmou as
potencialidades desde jovem cavaleiro que continua a dar que falar
João Gomes e Fábio Matos, ambos à segunda tentativa, foram os autores das
duas pegas, a representar o futuro do Grupo do Aposento da Moita
João D'Alva, o promissor toureiro da Escola de Vila Franca, é de todos o mais
adiantado, mercê do traquejo que lhe tem dado a brilhante campanha que está
a fazer em Espanha. Isso viu-se e sentiu-se na Moita. Toureou com arte e valor
nos três tércios o novilho da ganadaria Falé Filipe, de nota alta. Lamente-se,
contudo, a pequenez e a falta de apresentação de todos os novilhos lidados a pé,
o que retirou algum impacto à actuação dos valorosos diestros
Rui Jardim, da Academia do Campo Pequeno, tem arte e tem classe e não deixou
os seus créditos por mãos alheias diante do novilho de João Ramalho
Filipe Martinho, da Escola da Moita, estreou-se na praça da sua terra e apontou
detalhes diante de um novilho de Fernandes de Castro com poucas condições
O sevilhano Miguel Muñoz mostrou maneiras e intenções, atitude ao receber o
novilho de Rio Frio à porta da gaiola. Sofreu voltaretas e acabou por lesionar-se
numa mão

Fotos Maria Mil-Homens