Campo Pequeno, esta manhã |
Campo Pequeno - a "nossa casa" |
Edifício da Caixa-Geral de Depósitos, Campo Pequeno |
Avenida João XXI, esquina com o C. Pequeno, o Hotel Alif |
Túnel da Avenida João XXI (entrada do Campo Pequeno) |
Alameda das Linhas de Torres |
Bairro de Telheiras |
Avenida de Roma, Largo de Santo António (Alvalade) |
A Cervejaria "Portugália" do Largo da Igreja (Alvalade) |
Cinema City, o antigo Cinema Alvalade |
Avenida Rio de Janeiro e o célebre bar dos futebolistas, o "10 A" |
Avenida dos Estados Unidos da América |
Avenida de Roma |
Lisboa quase voltou à vida normal e o pessoal anda nas ruas como se já tudo tivesse acabado. Os casos de Covid-19 aumentam na capital. Pudera...
Miguel Alvarenga - Este fica na nossa História como "o ano de todos os perigos" - que ainda não acabaram, apesar de o desconfinamento ter significado para muitos o regresso à vida normal. Vê-se em Lisboa muita gente, quase toda de máscara. Mas voltou a registar-se um movimento quase normal, como se tudo já tivesse passado.
A partir de agora e sem a obrigatorieade de se continuar em "prisão domiciliária", tudo vai depender exclusivamente da consciência de cada um.
Aqui pela zona do Campo Pequeno, os restaurantes da praça preparam-se para reabrir a 18 de Maio, ainda hoje passei pelo "Rubro" e lá estavam os proprietários a fazer simulações do distanciamento que vai ter que passar a existir entre as mesas.
Os homens dos toiros assustaram-se ontem quando o Governo anunciou a proibição da realização dos festivais de música até 30 de Setembro e muitos entenderam mesmo que essa medida abrangeria também as corridas de toiros - mas não tem nada a ver.
As touradas pertencem a "outro campeonato", são realizadas em recintos com lugares marcados e na esmagadora maioria ao ar livre e poderão adaptar-se a novas medidas restritivas, sobretudo no que diz respeito à limitação das lotações das praças - resta saber se isso será viável para os empresários.
Contudo, o Governo proíbe ainda a abertura das praças de toiros na segunda fase do desconfinamento, que terá início a 1 de Junho e também ainda não anunciou, ao contrário de Espanha, nenhumas medidas para a realização das corridas de toiros assim que elas se possam efectuar. Para este Governo, a Tauromaquia é coisa inexistente.
E começa a ser assustadora a inércia da Federação PróToiro. Bem sabemos que se costuma mover em segredo, sem dar cavaco do que faz, ao melhor estilo das sociedades secretas. Mas num momento destes, era necessário e urgente que já nos tivesse tranquilizado e esclarecido sobre o que pretende fazer, o que vai fazer ou o que já fez para chegar à fala com os governantes e obter soluções, saber quando se pode retomar a actividade e em que novos cenários isso acontecerá, por via das medidas de segurança que obrigatoriamente vão ter que ser respeitadas (distanciamento entre espectadores, uso ou não de máscaras, como proceder no que respeita à actuação dos forcados, o maior grupo de risco dentro do sector, etc.).
Se o Governo ignora a Tauromaquia, é preciso que a Tauromaquia se chegue ao Governo, mostre que existe, o questione quanto ao futuro. Mas continuarem todos de braços cruzados é que não!
Deixo-vos algumas fotos desta Lisboa que aos poucos - e pouco conscientemente, diga-se - volta ao normal, quando nada ainda é normal. E os perigos continuam à espreita.
Fiquem bem.
Fotos M. Alvarenga