Miguel Alvarenga - Há dias, informei diplomaticamente por mail o empresário Carlos Pegado, ainda adjudicatário da praça de toiros de Évora, da minha intenção de, nas duas próximas edições do jornal "Farpas" inserir graciosamente, visto tratar-se de um evento de cariz solidário e a favor de um centro de paralisia cerebral, o cartaz do festival que realiza no final do mês na arena da cidade-museu - apesar de a empresa não ser, por norma, anunciante do jornal.
Diplomaticamente também (educado ele é, reconheço), Pegado respondeu, também por mail, que mantendo o "Farpas" uma "posição negativa" em relação à Festa, considerava "inconveniente e até prejudicial" essa minha intenção.
Simpaticamente trocámos cumprimentos com cordialidade e a coisa ficou por aqui. Fiquei-me pela boa intenção de contribuir de alguma forma para uma instituição que merece todo o nosso carinho e apoio; Carlos Pegado ficou na sua e preferiu, certamente, ter mais uma vez a Arena D'Évora às moscas, sem promover os seus eventos, como tem acontecido em todas as corridas que ali efectuou nos últimos anos e sobretudo nesta temporada...
Hoje mesmo, chegam-nos vários telefonemas de aficionados alentejanos a dar conta e a protestar pelo facto de os cartazes dos festivais de Santarém (jornada "Em Defesa da Festa Brava") terem sido todos tapados naquela zona do país, durante a noite, por outros precisamente desse festival de Évora.
O que diz a isto Pegado, responsável pela praça eborense e, consequentemente, pelos funcionários que fazem a colagem dos seus cartazes? É uma acção positiva ou uma acção negativa?...
Não vale, Carlos, vir acusar o "Farpas" de ter sido o responsável pela colagem dos cartazes de Évora por cima dos de Santarém... também, era o que mais faltava!...
Foto D.R.
