
Maurício Vale (foto da esquerda) e José Luis Gomes terminaram na última semana a relação de apoderamento que mantinham desde o início da temporada com o cavaleiro praticante Mateus Prieto. Em declarações polémicas ao jornalista Hugo Teixeira, publicadas também esta semana no site "diário taurino", Prieto anunciou a ruptura e acusou os apoderados de "não lhe terem arranjado corridas onde actuar".
Quinta-feira, em Albufeira, onde acompanhava a cavaleira Ana Batista, que apodera igualmente em parceria com Maurício, o antigo forcado José Luis Gomes fez questão de esclarecer ao "Farpas" que o "divórcio" foi uma decisão dos apoderados - e não do toureiro - e que não correspondia à realidade a "acusação" que Prieto lhes fizera: "Os contratos para as corridas do Redondo, do Campo Pequeno, de Monte Gordo e de Albufeira fomos nós que os arranjámos".
Agora, Maurício Vale saíu também à liça e contou-nos mais pormenores:
"É verdade, como disse o José Luis, que essas corridas no Redondo, em Lisboa, Monte Gordo e Albufeira foram arranjadas por nós. E só não arranjámos mais cinco ou seis porque algumas empresas nos propuseram, como agora infelizmente está na moda, que o cavaleiro toureasse de borla ou mesmo pagasse o toiro para actuar. Nunca quisemos que fosse essa a postura do cavaleiro Mateus Prieto, enquanto apoderados dele, como não queremos que essa seja a postura de qualquer toureiro de que sejamos apoderados".
E acrescenta:
"Mateus Prieto, infelizmente, caíu nessa onda de tourear de borla. Fê-lo nas corridas em que actuou em Sobral de Monte Agraço (foto da esquerda, corrida que foi transmitida pela TVI) e em Évora. E isso foi a gota de água que nos levou a pôr termo ao seu apoderamento".
Um "folhetim" - mais um! - que certamente terá novos episódios... e onde Maurício Vale põe o dedo numa das piores feridas da nossa Festa: há toureiros que actuam à borla e alguns que ainda pagam para se exibir...
Fotos D.R. e João Dinis

