O antigo matador de toiros Ortega Cano foi constituído arguido pelo Tribunal de Instrução nº 9 de Sevilha, a que ontem prestou as primeiras declarações, no processo referente ao acidente de automóvel que sofreu em 29 de Maio próximo de Castilblanco de Arroyos (Sevilha) e que causou a morte a Carlos Parra, condutor da viatura contra a qual chocou de frente o carro guiado pelo toureiro.
Ortega Cano é acusado de homicído imprudente e delito contra a segurança rodoviária.
Segundo o relatório oficial realizado pela Equipa de Reconstrução de Acidentes de Tráfego (ERAT) da Guarda Civil de Madrid, Ortega Cano é responsabilizado por "distracção ou desatenção" na condução, o que o levou a invadir a faixa contrária a uma velocidade superior à permitida no local, chocando de frente com o veículo conduzido por Carlos Parra, que teve morte imediata. Segundo o mesmo relatório pericial, o antigo toureiro conduzia sob o efeito de álcool.
Ortega Cano foi ontem ouvido pelo juiz durante duas horas, em cadeira de rodas (será novamente operado à perna esquerda na próxima quarta-feira) e negou as acusações de que é alvo: sustentou que conduzia à velocidade permitida no local e que não bebera nada nessa noite.
"Que seja o que Deus quiser e que as leis ditarem", disse o toureiro aos jornalistas, à entrada no tribunal. Ortega Cano arrisca uma pena de prisão até cinco anos se o Tribunal o der por culpado.
Foto D.R.