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| Joselito "El Gallo" protagonizou com Juan Belmonte a grande rivalidade da Idade de Ouro do toureio a pé no início do século passado |
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| O local onde estava a antiga enfermaria da praça e a cama onde morreu Joselito que também se anunciava como "Gallito" |
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| Joselito morto na enfermaria da praça de Talavera e em cima, Ignácio Sánchez Mejias junto ao cadáver do seu companheiro de cartel naquela fatídica tarde |
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| Josleito "El Gallo" em Talavera na tarde da sua morte: 16 de Maio de 1920 |
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| A sensação de pisar a arena onde morreu Joselito "El Gallo" há 92 anos |
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| A praça de Talavera de la Reina, ontem. Chuva impediu corrida onde actuavam os cavaleiros lusos João Moura Jr. e Francisco Palha |
Miguel Alvarenga - Foi pena que não houvesse corrida (devido à forte chuvada), mas valeu a pena ter percorrido ontem mil quilómetros para, quanto mais não fosse, pisar a arena da mítica praça de Talavera de la Reina, onde há 92 anos morreu um dos maiores mitos do toureio, Joselito "El Gallo", que com Juan Belmonte foi protagonista da Idade de Ouro e da revolução no toureio a pé. Nos corredores da praça, no local onde estava a antiga enfermaria, uma placa indica que foi ali que morreu o famoso toureiro.
Nascido em Gelves (Sevilha), a 8 de Maio de 1895, José Miguel Isidro del Sagrado Corazón de Jesús Gómez Ortega era filho do matador de toiros Fernando Gómez "El Gallo" e vestiu o seu primeiro traje de luces em 19 de Abril de 1908 em Jerez de la Frontera (Cádiz). Tomou a alternativa em Sevilha, pela Feira de San Miguel, em 28 de Setembro de 1912, das mãos de seu irmão, o também matador de toiros Rafael "El Gallo". Protagonizou histórica rivalidade com Juan Belmonte, sendo ao tempo os dois mais admirados toureiros de Espanha.
A tragédia chegou na tarde de 16 de Maio de 1920, em Talavera de la Reina. Joselito "El Gallo", que também se fez anunciar nos cartéis como "Gallito", actuava mano-a-mano com Ignácio Sánchez Mejias frente a toiros de Viúva de Ortega. O diestro foi mortalmente colhido pelo quinto toiro da tarde, de nome "Bailaor", que lhe infringiu violenta cornada na perna esquerda, quando toureava de muleta. Já no ar, o corpo de Joselito caíu sobre o outro pitón, sofrendo mortal cornada no ventre. Morreu momentos depois na enfermaria da praça.
Fotos D.R. e M. Alvarenga
