segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

"Paquirri" e Falcão: o mesmo destino trágico... com dez anos de distância

Francisco Rivera "Paquirri" fotografado nesta corrida de 1968 no Campo Pequeno
pelo então jovem aficionado Miguel Alvarenga, de apenas dez anos de idade
José Falcão apresentou-se em Lisboa como matador de toiros duas semanas
depois da alternativa em Badajoz


Duas semanas depois da sua triunfal alternativa na Monumental de Badajoz (23 de Junho de 1968), o empresário Manuel dos Santos apresentou no Campo Pequeno o novo matador de toiros português José Falcão numa corrida em que actuou mano-a-mano com aquele que fora a testemunha do seu doutoramento, Francisco Rivera "Paquirri" - anunciados nos programas dessa noite de 4 de Julho de 1968 como "os fenómenos do momento". Lidaram-se oito toiros de Cabral Ascenção (ao tempo, uma das ganadarias eleitas pelas primeiras figuras) e tourearam a cavalo José Samuel Lupi e Luis Miguel da Veiga. Pegaram os Forcados Amadores de Montemor, sob o comando de Joaquim José Capoulas.
Falcão e "Paquirri" viriam a ter o mesmo destino trágico - a morte na arena, por colhida. O matador português morreria em Barcelona em Agosto de 1974, enquanto que "Paquirri" seria também mortalmente colhido em Pozoblanco (Sevilha) dez anos depois, em Agosto de 1984.

Fotos M. Alvarenga e D.R.