segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Vila Franca prestou homenagem à memória de José Falcão

Osvaldo Falcão (à direita), irmão de José Falcão, com a Família Carrilho
O traje branco e ouro que Falcão vestiu na tarde da sua alternativa
na Monumental de Badajoz em 1968 vai estar até ao final deste mês
em exposição na sede do Clube Taurino Vilafranquense
Os participantes no colóquio: Jorge Domingos, José Simões, João Marcarenhas,
Armando Soares e Carlos Alberto Carrilho
O matador espanhol Israel Lancho à conversa com o Maestro José Simões
Sede do Clube Taurino esgotou a lotação para homenagear a figura de José Falcão
no ano em que se assinala o 40º aniversário da sua morte em Barcelona. Ao longo
do ano, várias iniciativas vão ser levadas a cabo em Vila Franca para lembrar
o saudoso matador de toiros
Paulo Silva, o dinâmico presidente do Clube Taurino Vilafranquense,
no uso da palavra
As imagens da tragédia: José Falcão tinha 32 anos quando em 11 de Agosto de 74
morreu na arena de Barcelona, vítima de terrível cornada do toiro "Cuchareto", da
ganadaria de Hoyo de la Gitana, com 506 quilos. Uma semana antes, a 4 de Agosto,
toureou pela última vez em Portugal na arena do "Coliseu Figueirense". Nas fotos
de baixo, da autoria do Comandante João Carlos D'Alvarenga, Falcão na trincheira
da Figueira da Foz e dando a sua derradeira volta a uma arena portuguesa. Oito dias
depois, tinha encontro marcado com a morte na Monumental de Barcelona



A sede do Clube Taurino Vilafranquense esgotou "até à bandeira" na última quinta-feira na noite em que se prestou homenagem à memória do matador de toiros José Falcão, vítima de colhida mortal na arena de Barcelona há 40 anos.
"Paixão pelo Maestro José Falcão" foi o sentimento comum a todos os presentes. Depois do jantar, o crítico João Mascarenhas moderou um colóquio em que participaram os matadores José Simões e Armando Soares, o bandarilheiro Jorge Domingos e o aficionado e grande amigo do saudoso Falcão, Carlos Alberto Carrilho. Presente também neste acto o matador de toiros espanhol Israel Lancho.
Por amabilidade de seu irmão, Osvaldo Falcão, marcou presença e ali estará patente até ao final deste mês, o traje de luces branco e ouro que José Falcão vestiu na tarde da sua alternativa em Badajoz, a 23 de Junho de 1968, onde foi apadrinhado por Paco Camino com o testemunho de Francisco Rivera "Paquirri" numa tarde em que se lidaram toiros da ganadaria portuguesa de Cunhal Patrício.
Nascido em Povos (Vila Franca de Xira) a 31 de Agosto de 1942, José Falcão (aluno da Escola de Coruche dos irmãos Badajoz), debutou em público a 20 de Maio de 1962 na Monumental do Montijo e estreou-se com picadores em Mérida a 15 de Maio de 1967 ao lado de Gabriel de la Casa e Juan Carlos Beca Belmonte. Na campanha de novilheiro, formou parelha de sucesso com Óscar Rosmano e apresentou-se na Monumental de Madrid em 1968, ano em que recebeu a alternativa em Badajoz, confirmando-a depois a 27 de Julho de 1969 em Madrid com toiros de Murteira Grave e na Monumental do México em 13 de Dezembro de 1970.
José Falcão tinha 32 anos quando morreu na Monumental de Barcelona, vítima de cornada do toiro "Cuchareto", com 506 quilos, da ganadaria de Hoyo de la Gitana, em 11 de Agosto de 1974. Uma semana antes, a 4 de Agosto, toureou pela última vez em Portugal (fotos ao lado) na praça de toiros da Figueira da Foz, mano-a-mano com Ricardo Chibanga.

Fotos D.R./cortesia Clube Taurino Vilafranquense, D.R. e João Carlos D'Alvarenga