sábado, 30 de agosto de 2014

Arturo Beltrán: morreu o pioneiro das praças cobertas



A foto de cima, de Carlos Moncín, publicada no jornal espanhol "Heraldo" em 2009, correu a Espanha e deu muito que hablar.  Juntos numa barreira da praça La Misericórdia, de Saragoça, assistiam a uma corrida o empresário Arturo Beltrán (também na foto ao lado) e o super-juiz Baltazar Garzón. Dias antes, Beltrán fora ouvido em tribunal em La Almunia na qualidade de arguido acusado de presumível delito fiscal na famosa "Operação Molinos". La prensa considerou "insólita" esta imagem e questionou mesmo o que terá levado Baltazar Garzón a "prestar-se a este jogo", dizendo mesmo que podia tratar-se de "pressão implícita" ao juiz Alfredo Lajusticia, que investigava ao tempo o caso de corrupção urbanística em La Muela.
A trajectória do empresário taurino Arturo Beltrán estava, aliás, recheada de polémicos e controversos incidentes de percurso, arrastando um passado salpicado de processos judiciais.
Mas na História da Tauromaquia, o nome de Arturo Beltrán há-de estar sempre relacionado com a inovadora e revolucionária moda de cobrir as praças de toiros. Foi ele o grande pioneiro das praças de toiros cobertas quando, há uns anos e apesar das críticas dos mais conservadores, logrou levar a cabo a ideia de cobrir a praça de Saragoça, a primeira, revitalizando desta forma a tradicional Feira del Pilar, a última da temporada espanhola e que sempre fora prejudicada pelas adversas condições climatéricas. Beltrán foi também um dos grandes impulsionadores da construção do Palácio de Vistalegre, a praça coberta de Madrid.
Morreu ontem em Madrid com 72 anos.

Fotos Carlos Moncín/heraldo.es e D.R.