quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Fotoreportagem de Emílio: Flashes da primeira noite da Moita

Ao primeiro cartel da Moita, na segunda-feira, faltava força
e carisma para atrair público às bancadas. E a realidade é
que não foi ninguém. Independentemente do deprimente que
é ver uma praça completamente vazia (terá sido a corrida com
menos público dos últimos anos na Moita) e da falta de motivação
que isso dá aos toureiros, a verdade é que Duarte Pinto e os espadas
"Parrita" e João A. Moura são dignos profissionais da classe e deram
o seu melhor, deixando bons apontamentos numa noite que, pelas
circunstâncias, acabou por ser um espectáculo degradante e que
em nada beneficiou a tauromaquia. Mesmo assim, houve bons
momentos de toureio. E eles aqui ficam.
Duarte Pinto é um clássico e toureia como os eleitos. Enfrentou dois toiros de
Fernandes de Castro que pediram contas - e ele deu-lhas. Foram duas actuações
meritórias, só foi pena não ter sido em noite de casa cheia
Momentos da aparatosa colhida, felizmente sem consequências, de "Parrita
quando lidava de capote o seu primeiro toiro
Sérgio Santos "Parrita" não toureava na "sua" praça há seis anos. O público da
Moita não o quis ir ver, mas foi pena. "Parrita" demonstrou ter valor para continuar
e por muito pouco que toureie, triunfa por onde passa. Demonstrou querer e
demonstrou que continua em boa forma
João Augusto Moura chamou Luis "Procuna" à arena e dedicou-lhe a sua primeira
faena. O público tributou ao matador moitense, afastado das lides por doença,
a mais calorosa e emotiva ovação da noite
João Augusto Moura regressou este ano em força às arenas e vai tomar a
alternativa no próximo ano. Na Moita, frente a toiros muito bem apresentados e da
sua ganadaria (Torre de Onofre), o jovem toureiro de Monforte abriu o livro e deixou
detalhes de muita toreria. Toureou com arte e com temple, brilhou sobretudo no
último toiro da noite, um "tio" que foi, dos quatro, o de melhor qualidade
João Goilão, valoroso bandarilheiro, recebeu segunda-feira a alternativa, tendo
como padrinho o matador Sérgio Santos "Parrita"
Tiago Santos, que foi promissor novilheiro e pupilo do Maestro Vitor Mendes,
tomou a alternativa apadrinhado por Rodolfo Barquinha. Recebeu bem de capote
o primeiro toiro de Duarte Pinto e bandarilhou com valor e arte o terceiro da noite,
que coube a João Augusto Moura
Um bom par de bandarilhas do genial Fábio Machado

Fotos Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com