Bastinhas, Salvador e Branco triunfaram domingo em Beja

Imparável e inigualável, o Maestro Bastinhas protagonizou
mais um notável e aplaudido triunfo no festival de Beja

Depois de ter triunfado nas Caldas, Pedro Salvador voltou a exibir-se ao mais alto
nível no domingo em Beja

João Maria Branco teve azar ao inutilizar-se o belo exemplar da ganadaria de
António Silva e lidou um novilho de Gregório Oliveira que era sobrero e que, apesar
de bravo, retirou brilho à sua brilhante lide

Depois de ter sido adiado por mau tempo e de ter sofrido alterações no cartel (Joana Andrade e João Maria Branco substituiram Luis Rouxinol e o filho, que no mesmo dia já estavam anunciados para o outro festival que se realizou no Montijo), efectuou-se no passado domingo em Beja o tradicional festival taurino a favor da Cerci e dos Bombeiros da cidade - que registou, infelizmente, menos de metade das bancadas preenchidas e decorreu em ritmo agradável, bem dirigido por Tiago Tavares, que esteve assessorado pelo médico veterinário Dr. Matias Guilherme. Lamente-se, como já aqui frisámos, que o adiamento deste festejo tenha coincidido com a realização à mesma hora de outros festivais no Montijo e em Vila Franca, que já estavam anteriormente anunciados. Mesmo assim, houve um lucro final a favor das duas instituições de 9.720,10 euros.
O festejo ficou marcado por mais um grande triunfo do Maestro Joaquim Bastinhas, imparável nesta recta final da sua 31ª temporada como destacado profissional e que mantém inalterável o seu estatuto de primeiríssima Figura e, mais que isso, de grande triunfador desta época de 2014. Utilizou quatro dos seus cavalos craques, frente a um bom toiro de Romão Tenório e terminou com um enorme par de bandarilhas em terrenos de compromisso, deixando o público em delírio.
Os outros destaques do festival foram para Pedro Salvador, que repetiu (com um exemplar de Varela Crujo) o recente triunfo das Caldas e voltou a estar em grande nível (utilizando montadas da Casa Bastinhas) e para o jovem João Maria Branco, que protagonizou notável exibição, lamentando-se apenas o facto de, por inutilização do toiro de António Silva que lhe cabia, ter enfrentado um novilho pequeno de Gregório Oliveira que, apesar de bravo, retirou algum brilho e importância à actuação do cavaleiro.
Tito Semedo teve uma actuação regular frente a um exemplar da ganadaria de Gregório Oliveira e Sónia Matias, com um toiro complicado da Herdade de Pégoras, esteve valente e decidida, cravando ferros emotivos com a sua marca. Pouco vista esta temporada em Portugal (desenvolveu a sua actividade no Canadá), a cavaleira Joana Andrade enfrentou um toiro de Prudêncio sem conseguir brilhar, apesar de ter protagonizado bons momentos, sobretudo nos ferros curtos.
Pegaram os forcados dos grupos de Cascais e de Beja. Foram caras pelos Amadores de Cascais os forcados Pedro Baião (à primeira), Ventura Doroteia (à terceira) e Pedro Loução (à primeira), havendo a registar a despedida das arenas de Carlos Teixeira, após dez anos ao serviço deste grupo, destacando-se nas segundas ajudas. Pelos Amadores de Beja, pegaram Bento Costa e Luis Eugénio (ambos ao primeiro intento) e Francisco Patanita (à quinta).
Ao intervalo do espectáculo, os responsáveis pela CerciBeja e pelos Bombeiros Voluntários de Beja homenagearam na arena todos os intervenientes no festival e também o empresário José Luis Zambujeira, que há alguns anos o organiza com carinho e empenho.

Fotos Emílio de Jesus/foptojornalistaemilio@gmail.com