segunda-feira, 16 de março de 2015

Assim, não se vai a lado nenhum...

Um quadro de miséria em Nisa: olhem para estas duas almas, Hugo Teixeira´
e Emílio de Jesus, a fotografarem... sózinhos na bancada...


Miguel Alvarenga - Só por desconhecimento de causa (pouco provável, dada a reconhecida experiência e sapiência taurina dos organizadores, Florindo Ramalho e Pedro Pinto) ou alguma dosezita de má intenção, talvez motivada por quaisquer forças ocultas, se consegue justificar a injustificável realização do festejo que sábado decorreu na praça de Nisa, no mesmo dia do festival da Rádio Campanário em Vila Viçosa, um acontecimento que já ganhou força no calendário taurino nacional, por obra e graça do empenho e do esforço dos seus dinâmicos empreendedores, Augusta Serrano e Hugo Calado.
Com a previsão de sol para todo o fim-de-semana, um simples frasquinho de bom senso tomado ao pequeno-almoço e reforçado ao deitar, teria sido suficiente para levar a efeito este festejo de Nisa no domingo, ganhando assim a afición e os seus organizadores, privando-se do triste cenário de praça, já de si pequena, quase vazia e bancadas às moscas...
A reaparição de Marcos Bastinhas (na foto, beijado por seu Pai no final da triunfal actuação) teria tido a força e o impacto que se desejava e que ele merecia - e que assim não chegou a ter. O público é sempre "quem mais ordena" e o resultado desta (intencional, presume-se...) sobreposição de festivais teve como resultado praça quase cheia em Vila Viçosa e o desolador cenário das bancadas vazias em Nisa.
Acautelem-se, senhores empresários, revejam actos e omissões e lembrem-se que para acções de anti-taurinismo já bastam as dos que como tal se proclamam, não é preciso darem vós os exemplos, tristes e maus, que todos criticamos aos outros. Resumindo e concluindo, um mau princípio de temporada no que diz respeito à falta de respeito entre empresários, aparentemente oficiais do mesmo ofício, mas que às vezes até parece defenderem ofícios - e interesses - alheios e distintos. Lamente-se. E que o - mau, demasiado mau - exemplo de Nisa possa servir para evitar futuras parvoíces do género...

Fotos Maria João Mil-Homens/www.portados sustos.com e Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com