A administradora da empresa do Campo Pequeno, Drª Paula Resende, no uso da palavra, momentos antes da primeira visita oficial ao novo Museu Taurino da primeira praça de toiros de Portugal |
A Drª Paula Resende e o Dr. Paulo Pereira deram as boas vindas ao vasto auditório de convidados |
O Salão Nobre do Campo Pequeno teve ontem "lotação esgotada" para o acto inaugural do novo Museu Taurino |
Proporcionar ao visitante uma incursão
pela tauromaquia desde as manifestações de arte rupestre até aos nossos dias, é
a principal proposta do novo Museu do Campo Pequeno, inaugurado ontem e que a
partir de hoje está aberto ao público.
A cerimónia de abertura decorreu ontem
ao final da tarde, antecedida de um beberete no Salão Nobre e reuniu um vasto
número de convidados, entre os quais vereadores da Câmara de Lisboa,
representantes da Casa Pia (proprietária da praça), os presidentes das
associações de toureiros, de forcados e de ganadeiros e a comunicação social.
Joaquim Bastinhas, o antigo cavaleiro Nuno Pardal (presidente do Fundo de
Assistência dos Toureiros), José Luís Gomes (antigo cabo dos Forcados Amadores
de Lisboa) e o jovem diestro Sérgio Nunes (da Academia de Toureio do Campo
Pequeno), além do antigo bandarilheiro e ex-director de corridas João Inácio (94 anos), que durante muitos anos foi dedicado funcionário da empresa, foram os únicos toureiros que marcaram presença num acto presidido
pela administradora do Campo Pequeno, Drª Paula Resende e pelo director de Actividades
Tauromáquicas, Rui Bento.
Ainda no Salão Nobre e momentos antes da
subida dos convidados ao segundo andar para a primeira visita oficial ao Museu,
Paula Resende deu as boas vindas aos presentes e congratulou-se pelo novo
espaço, que "vai enriquecer a cidade de Lisboa e o mundo
tauromáquico", tendo de seguida o Dr. Paulo Pereira traçado, em breves
palavras, os porquês e todo o historial deste precioso arquivo de memórias,
onde se pode percorrer em várias salas temáticas toda a história da tauromaquia
nacional e muito em especial a da centenária e carismática praça de toiros
lisboeta.
O novo Museu do Campo Pequeno adopta o
mote "Viver a História" destacando com isso o facto de pretender ser
para os seus visitantes uma forma de estes poderem viver a história do icónico
edifício do Campo Pequeno.
Dispondo de duas salas históricas, duas
salas temáticas (forcado e toiro) e uma sala multimédia, o museu vem enriquecer
a oferta cultural de Lisboa.
Bilhetes, programas, cartazes, fotos e
alguns trajes de toureiros, onde se destacam uma casaca azul do Maestro
Bastinhas, um traje de luces de Rui Bento e a primeira casaca vestida em França
pelo forcado José Luís Gomes são algumas das 400 peças que integram o novo
Museu do Campo Pequeno e onde a maioria das recordações dizem respeito ao
espólio que ornamentou durante muitos anos a sede do Grupo Tauromáquico
"Sector 1", a principal e mais antiga instituição taurina da capital,
neste momento a comemorar 83 anos de existência. Destaque para o cartaz da
corrida que inaugurou a praça do Campo Pequeno, oferecido ao Museu pela Casa
Pia e ainda para diversos documentos históricos que ilustram momentos de ouro
da nossa história taurina, como as competições Núncio-Simão, Diamantino
Vizeu-Manuel dos Santos, Batista-Veiga ou a revolução mourista, além do tributo
que honra a história dos Forcados, elemento primordial da nossa Festa.
Situado no segundo piso do torreão
principal, o acesso é feito pela porta principal da praça. Pode ser visitado
pelo público a partir de hoje, diariamente das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às
19h00. Nos dias de corrida, o horário de visita alarga-se até às 20h00.
O preço da vista é de três euros,
podendo chegar aos cinco euros, caso inclua a visita à arena. Para maiores de
65 anos e estudantes, os preços descem para dois e quatro euros,
respectivamente, enquanto para menos de 12 anos, as visitas são grátis.
O dia-a-dia do museu pode ser seguido em
www.facebook.com/MuseuCampoPequeno e em www.campopequenotauromaquia.com
Mais logo, vamos mostrar-lhe todos os Famosos que ontem estiveram no acto inaugural.
Fotos Emílio de Jesus e Maria João Mil-Homens