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| Ginés Cartagena morreu atropelado numa estrada espanhola há exactamente 20 anos, em circunstâncias nunca devidamente apuradas. Na foto de baixo (da direita), em 1990 na sua estreia no Campo Pequeno (contratado pelo saudoso Manuel Gonçalves) com João Cortesão e João Caetano |
Ginés Cartagena (fotos), que foi um revolucionário da arte do rejoneio, morreu há 20 anos, vítima de atropelamento nunca devidamente esclarecido na estrada Nacional V em Espanha.
Natural de Alicante, estreou-se em Madrid no ano de 1987, com apenas 19 anos, lidando toiros da ganadaria portuguesa de Infante da Câmara numa corrida em que teve por alternantes o também rejoneador espanhol Curro Bedoya (pai) e os portugueses João e António Ribeiro Telles e ainda os Forcados Amadores Lusitanos, comandados ao tempo por Francisco Costa Montezo.
Ao longo da sua carreira, saíu cinco vezes em ombros pela porta grande da Monumental de Madrid (Las Ventas) e foi durante várias temporadas líder do escalafón de rejoneadores em Espanha.
Ginés Cartagena revolucionou o rejoneio e pela primeira vez, recorda hoje o site "mundotoro.com", o público espanhol "identificou-se com um rejoneador do povo e, pela sua mão, o rejoneio saíu dessa espécie de gueto elitista que o regia".
"Esse foi o grande triunfo de Ginés, cuja revolução é comparável à de Belmonte no toureio a pé e à de Camarón no Flamenco", escreve o referido site.
Pai do também rejoneador actual do mesmo nome e tio de Andy Cartagena, Ginés Cartagena apresentou-se em Portugal, no Campo Pequeno, na temporada de 1990, trazido pelo empresário Manuel Gonçalves. A sua estreia em Lisboa, onde alternou na primeira noite com João Salgueiro, criou grande alvoroço e dividiu as opiniões.
Cartagena marcou a diferença e foi uma Figura que se distinguiu das demais. Morreu tragicamente, atropelado por um camion, na noite de 22 de Novembro de 1995. Cumprem-se hoje duas décadas.
Fotos D.R.
