Ramón Valência (foto ao lado), empresário da Real Maestranza de Sevilha, faz, em declarações ao site "aplausos.es", um balanço negativo, em termos financeiros, na recém-terminada Feira de Abril, de que foram considerados grandes triunfadores os matadores Juan José Padilla e Morante de la Puebla (dois toureiros - na foto de cima - que vamos ver este ano no Campo Pequeno), o rejoneador Diego Ventura e a ganadaria de Victorino Martín (um toiro indultado por Manuel Escribano fica na história como o segundo a quem a vida foi poupada desde a inauguração da praça).
O empresário desabafa que "Sevilha, neste momento, não pode suportar esta Feira", afirmando que "será preciso estudar o que fazer no futuro, porque assim é insustentável".
Do total de bilhetes vendidos, 21% destina-se a pagar impostos, enquanto que 22% (alguns afirmam que será 25%) são para pagar a renda da adjudicação da praça, revela o site da revista "Aplausos". O empresário recorda que "em outras praças não há que pagar essas quantidades, de forma que as empresas têm maiores margens de lucro". "Em algumas tardes, tinha sido mais rentável a suspensão do que a celebração das corridas", confessa Ramón Valência.
O empresário esclarece que não tem qualquer queixa contra os toureiros: "Estamos agradecidos a todos, porque já conhecem as dificuldades e mostraram-se compreensivos. Não têm nenhuma culpa de que o balanço final seja deficitário". Ramón Valência congratula-se pelo êxito artístico da Feira, mas lamenta o resultado financeiro negativo daquela que considera "a Feira mais cara da história da praça de Sevilha".
Fotos D.R. e Carlos Márquez/El Mundo