sexta-feira, 7 de abril de 2017

Campo Pequeno: lotação esgotada e Padilla de novo em ombros!

Padilla voltou a conquistar a aficion portuguesa e pela terceira vez abriu a porta
grande para por ela sair aos ombros
Primeiro grande êxito da Temporada Histórica do 125º Aniversário do Campo
Pequeno: lotação esgotada ontem, em ambientazo a fazer lembrar os tempos
de ouro da era Manuel dos Santos


Primeiro grande, estrondoso mesmo, êxito da Temporada Histórica em que se comemoram os 125 anos da inauguração do Campo Pequeno: lotação esgotada ontem, um ambientazo igual ao dos tempos de ouro da era Manuel dos Santos, a reafirmar o empenho e o rigor, traduzidos em sucesso, desta fantástica equipa que gere a primeira praça de toiros do país e a elevou aos mais altos patamares da Tauromaquia mundial. Lisboa é hoje, como Madrid, uma primeira praça de toiros do mundo. Estão todos de parabéns. O Campo Pequeno e a Festa de Toiros acima de tudo.
Segundo grande e também estrondoso êxito, o de Juan José Padilla, que voltou a conquistar a aficion portuguesa e pela terceira vez abriu a porta grande, com todo o mérito e toda a justificação, para por ela sair de novo aos ombros e rodeado de um clima de apoteose e empatia que há muitos anos não protagonizava nenhum toureiro em terras de Portugal.
João Moura fez jus à sua sabedoria e à sua maestria, mas a noite não foi aquela que ele queria e a aficion desejava. Mesmo assim, ao atravessar a arena no final foi brindado pelo público com uma calorosa ovação. Uma ovação de respeito.
Roca Rey evidenciou o seu bom (belíssimo!) conceito de toureio estético e elegante, mas esteve demasiado aquém da expectativa que rodeia a sua figura. Foi apenas vulgar e igual a tantos mais. Vai ser um grande toureiro, ninguém tem dúvidas. Mas é, para já um Príncipe. Encantado. Um dia vai ser mesmo Rey.
Os Forcados de Vila Franca pegaram os dois toiros ao segundo intento, o primeiro com exemplo dado pelo cabo Ricardo Castelo, o segundo a cargo do valoroso Rui Godinho. O grupo esteve bem a ajudar e a consumar as duas sortes.
Os toiros de Vinhas para cavalo tiveram raça e nobreza e os de Varela Crujo para pé deixaram-se tourear sem contudo transmitirem. O primeiro teve honras de volta à arena concedida pelo director de corrida e foi aplaudido pelos aficionados mais conhecedores.
Manuel Gama contribuiu, com a sua direcção, para o sucesso da noite, não regateando música aos matadores logo nos primeiros muletazos e esteve condescendente com Moura. Dirigiu com a habitiual seriedade e, sobretudo, com sentimento e aficion. Isso faz falta em alguns directores de corrida. Neste, não.

Mais logo, não perca: a análise detalhada de Miguel Alvarenga e a grande foto-reportagem de Maria João Mil-Homens.

Fotos Frederico Henriques/@Campo Pequeno e Miguel Ortega Cláudio