Seis forcados foram hospitalizados e alguns encontram-se ainda em estado que inspira cuidados |
Não perca hoje aqui no "Farpas" a grande reportagem de Miguel Alvarenga sobre a verdadeira noite de terror que se viveu ontem na praça de Tomar, marcada pela dureza e seriedade dos toiros da ganadaria São Martinho que mandaram vários forcados dos grupos de Amadores do Montijo e Amadores de Tomar para o hospital, alguns deles ainda em estado grave.
João Sobral, dos Amadores do Montijo, sofreu a lesão mais grave, um traumatismo cervical e está internado no Hospital de Abrantes, podendo a qualquer momento ser transferido para uma unidade hospitalar de Lisboa. Do mesmo grupo lesionaram-se também João Paulo Damásio (traumatismo craniano) e Luis Sobral (lesão no ombro), que se encontram ainda em observação também no Hospital Dr. Manuel Constâncio do Centro Hospital do Médio Tejo, na cidade de Abrantes.
Dos Amadores de Tomar, que ontem mudaram de cabo (Hélder Parker sucedeu a Marco Fernando de Jesus, que ao início da corrida despiu a jaqueta e se despediu das arenas). o ferido mais grave é Pedro Vieira, com quatro costelas fracturadas e perfuração de pulmão, mas também sairam da praça lesionados Vasco Freitas (com uma costela fracturada) e Luis Campino, que sofreu diversas escoriações menos grave e foi o único dos forcados feridos que ontem mesmo ainda regressou à trincheira depois de ter sido assistido na enfermaria.
Em declarações ao site toureio.pt, a médica de serviço ontem na praça de toiros de Tomar, Drª Maria Manuela Cunha Norte, que pela primeira vez exercia funções numa corrida de toiros, põs o dedo na ferida a alertou para as "condições precárias" da enfermaria do tauródromo.
"São muito precárias as condições da enfermaria, já sugeri que tem de haver remodelação, reformulação e equipamento necessário", afirmou, especificando:
"Se houvesse um ferimento aqui em que fosse necessário fazer uma pequena sutura, não havia possibilidade, tinha de enviar o utente para o hospital. Não tenho material para isso. Há algumas carências ao nível de higiene, falta de materiais como gelo para uma contusão, há falta de material... Precisava ali de uma mãozinha para equipar uma enfermaria de primeiros socorros. O médico está limitado a actuar mediante as condições que tem, mesmo num hospital com condições um doente corre riscos...", acrescentou.
Já a seguir, veja aqui a sequência das seis dramáticas pegas da corrida de ontem em Tomar.
Fotos M. Alvarenga