O espectáculo de recortadores que ontem se deveria ter efectuado na centenária praça da Chamusca foi cancelado quando já havia público nas bancadas porque a organização não pagou os toiros ao ganadero e este não autorizou que os animais fossem descarregados.
Segundo o jornal "O Mirante" na sua edição online, "o dono dos toiros não permitiu que os animais entrassem na praça e gerou-se a confusão com as pessoas a pedirem o dinheiro dos bilhetes nas bilheteiras, que não tinham verba suficiente para todas as devoluções".
Estavam anunciados cinco toiros de Gonçalo Cabaço.
A situação causou enorme revolta em várias pessoas que tinham pago bilhete e às 21h00, três horas depois da hora a que se devia ter iniciado o espectáculo, ainda havia público concentrado junto das bilheteiras a reclamar a devolução do dinheiro.
Nuno Castelão, provedor da Santa Casa da Misericórdia (proprietária da praça de toiros) lamentou a "O Mirante" o que aconteceu, mas esclareceu que, ao contrário de todos os espectáculos taurinos que ali se efectuaram esta temporada para comemorar o centenário da praça, a organização deste não cabia à instituição, mas sim à Associação Eh Toiro da Chamusca e à empresa que representa os recortadores, a Arte Lusa.
Castelão referiu que a Santa Casa apenas cedeu a praça e considerou que "esta situação mancha a imagem numa altura em que a praça comemora cem anos".
