segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Empresária Fátima Pinto fala pela primeira vez: "Quero acreditar que a Ministra da Cultura não tem razão..."


A propósito das referências hoje aqui dadas à estampa sobre as dívidas do empresário João Duarte à Associação Nacional de Grupos de Forcados e à posição por esta assumida de aconselhar os seus grupos a não pegarem em corridas promovidas por este empresário e, no caso concreto, na Corrida RTP do próximo dia 28 em Monforte, recebemos, solicitando (não era necessário) publicação ao abrigo do Direito de Resposta, de Maria de Fátima Gaspar Pinto, gerente da empresa Bússolas e Descobertas, que organiza a referida corrida televisionada, o esclarecimento que passamos a publicar na íntegra:


- A Corrida de Toiros é organizada pela Empresa "Bússolas e Descobertas, Unipessoal, Lda", na pessoa da sua gerente e sócia única - Maria de Fátima Gaspar Pinto.


- A dívida que é atribuída ao Senhor João Duarte (cerca de 3.300 euros) é de uma Empresa que já não existe há 10 anos, a qual já está prescrita, pois ao fim de 5 anos tal situação ocorre.


- O repasto ocorrido na passada sexta-feira, dia 31 de julho, com o Senhor Presidente da ANGF -  Diogo Durão - não foi inconclusivo! Desse almoço saiu uma proposta de pagamento, por parte do Senhor João Duarte, com a concordância do Senhor Diogo Durão, para sua apresentação numa reunião a ocorrer no dia seguinte com os Órgãos Sociais da ANGF. A referida proposta foi apresentada, pelo Senhor João Duarte, por uma questão de ética, uma vez que não sendo obrigado a pagar e possui provas escritas de que um Grupo de Forcados do Continente se deslocaria aos Açores, pagando o Grupo as suas viagens, as sua estadias e sem cachet. Os dois restantes Grupos de Forcados, quando o Senhor João Duarte quis efetuar os pagamentos, estes responderam que o Presidente da ANGF, na altura, já os tinha efetuado e para não receberem dinheiro do Senhor João Duarte.


- Até ao momento a gerente da Empresa e Promotora do espetáculo ainda não recebeu qualquer informação sobre a recusa dos Grupos de Forcados para actuarem na referida Corrida de Toiros. Contudo, os Grupos convidados, já acolheram inúmeros telefonemas da ANGF a aconselhá-los a não pegarem qualquer Corrida de Toiros  em que a Empresa e/ou o organizador seja o Empresário João Duarte, a título individual, colectivo ou onde este faça parte da sociedade.


- É falso que ocorreu um contacto da Empresa com qualquer outro Grupo de Forcados senão os convidados! Verdade sim é o facto de já ter recebido vários contactos telefónicos de Grupos de Forcados Associados e não Associados a oferecerem-se para pegar a Corrida de Toiros. Nomeadamente,  o Grupo de Forcados, mencionado pelo Senhor Miguel Alvarenga, ligou ao Senhor João Duarte, no dia 01/08/2020 a oferecer-se para pegar a Corrida.


- Atendendo a que esta Firma não tem qualquer dívida com nenhum agente da Festa (Grupos de Forcados, Cavaleiros, Ganadeiros, Estado e Finanças, ...) porque razão está a ser impossibilitada de exercer a sua atividade?


- Ao longo destes 10 anos, como é do conhecimento público, o Senhor João Duarte colaborou com a Tauromaquia, quer na organização de Corridas de Toiros com outros Empresários, quer nos pedidos de Grupos de Forcados (que alguns deles pertencem, atualmente, aos Órgãos Sociais da ANGF) para atuarem nesta ou naquela Praça de Toiros e, sobretudo, quando as Corridas de Toiros eram televisionadas (RTP, TVI), a sua participação, o seu apoio sempre foram bem aceites e considerados uma mais-valia para todos. Então qual o motivo de não estarem a agir do mesmo modo, da mesma forma com esta Empresa?


Quero acreditar que tal não está a acontecer por ser Mulher... 

Quero acreditar que os "Homens dos Toiros" são seres pensantes e livres de preconceitos...

Quero acreditar que todos estamos no mesmo barco em prol e a bem da Festa, da Tauromaquia...

Quero acreditar que a Senhor Ministra da Cultura não tem razão...

Quero acreditar que isto só está a acontecer porque sim... 

Obrigada.


Maria de Fátima Gaspar Pinto


Foto Fernando Clemente