Depois de se ter tornado o mais novo matador de toiros de Portugal, tomando a alternativa em 8 de Setembro do ano passado em Andorra (Teruel), Diogo Peseiro tem o sonho de se apresentar no Campo Pequeno, a Catedral do toureio em Portugal, e o seu apoderado Maurício Vale (ambos na foto) quer mesmo ir mais longe, "inovar e revolucionar", como nos diz, levando o toureiro a "confirmar a alternativa" em Lisboa.
Esta é o grande objectivo de Diogo Peseiro e do apoderado Maurício Vale para a próxima temporada de 2026, como este último nos referiu quando esta tarde o contactámos para saber dos projectos do toureiro para a próxima época.
"Bem sei que os matadores não podem tomar a alternativa em Portugal, onde não é permitido matar os toiros, mas alguém tem que dar o primeiro passo em frente e inovar, revolucionar mesmo: se os nossos cavaleiros vão a Madrid confirmar a alternativa, porque razão não hão-de os matadores também poder confirmar as suas alternativas na primeira praça de Portugal, a do Campo Pequeno?" - questiona Maurício Vale. E acrescenta:
"O saudoso Joaquim Bastinhas, quando apoderado por José Tello Barradas, foi o primeiro cavaleiro a fazer em Lisboa a confirmação da alternativa (que tomara em Évora). Depois dele, muitos cavaleiros e até rejoneadores espanhóis e venezuelanos fizeram no Campo Pequeno a confirmação das suas alternativas. Porque razão nenhum matador de toiros não o fez também? Certamente porque não se lembrou disso, porque ninguém ainda se lembrou de o fazer. É preciso inovar e revolucionar, é preciso 'abanar' a Festa. Por isso vou fazer tudo para que se torne realidade em 2026 a confirmação da alternativa de Diogo Peseiro no Campo Pequeno!".
"Não quero intrometer-me na actividade de ninguém, não quero passar por cima de ninguém. Mas se ficar calado, nunca se vai resolver nada. Já falei com o empresário Luis Miguel Pombeiro sobre este tema e de seguida vou também procurar falar com o seu parceiro José Maria Charraz", diz-nos Maurício Vale, a terminar.
Foto M. Alvarenga
