quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Dez anos de saudade

Miguel AlvarengaDeixou-nos há 10 anos, mas nós nunca o deixaremos. Lembro-me todos os dias de si, meu Querido Pai. Todos os dias lhe agradeço os exemplos que nos deixou, a forma única como foi um Pai Presente mesmo estando quase sempre Ausente (no cumprimento da sua missão de notável Militar), a forma mais que única com que amou os seus netos, sempre preocupado com tudo, sempre exagerado nessa preocupação que tinha tanta graça. 

Dez anos já é uma vida. Mas está sempre aqui e eu, nos momentos mais complicados, procuro sempre imaginar como reagiria e actuaria o Pai, para fazer igual e dar a volta por cima. 

Tenho saudades. Não sei se um dia nos voltamos a encontrar ou não, às vezes acredito, noutras vezes não, nesses mistérios da vida para além da morte. Mas era giro! Enfim, continuo com saudades. E mando-lhe um beijo muito grande, Querido Comandante!

PS - A foto de baixo reapareceu-me há dias nessas recordações que nos manda o Facebook e não resisti a partilhá-la aqui com todos. Foi no final dos anos 70, numa daquelas muitas garraiadas em que toureei no Campo Pequeno (só num ano pisei por seis vezes a arena da capital! e em duas tardes, nas garraiadas do CDS, com a lotação esgotada! Não deve haver muitos toureiros que tenham atingido esse recorde...). A dada altura, o meu Pai agarrou na minha irmã Mafalda e com ela às cavalitas saltou para a arena e a praça "veio abaixo" com esta situação tão inédita! Tinha momentos de saudável loucura, o meu Pai. Tenho bem a quem sair...

Fotos Luis Azevedo/Estúdio Z e D.R.