Na ausência, até ao momento, de uma comunicação oficial da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos sobre as polémicas decisões que terão sido ontem tomadas na sua Assembleia-Geral (2º round de uma outra realizada oito dias antes em Vila Franca) efectuada na Poisada do Campino, em Azambuja, e face aos muitos rumores e contra-rumores que já circulam pelos (sempre animados) mentideros da Festa, o "Farpas" fez aquilo que tinha a fazer: contactou Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da APET, solicitando-lhe que nos esclarecesse sobre o "diz-se, diz-se" do que se passou ontem em mais uma reunião magna dos empresários.
"A APET vai emitir ainda hoje um comunicado oficial que será enviado aos jornalistas, dando conta do que ontem foi - e do que não foi - decidido em Assembleia-Geral. A APET assumiu uma posição muito razoável, ao não aceitar as imposições que nos foram reivindicadas quer pela Associação de Toureiros, quer pela Associação de Forcados, imposições essas que diziam respeito a novas tabelas exigidas por uns e por outros" - disse-nos Pessoa de Carvalho.
Ao que nos adiantou o presidente da APET, ficou também decidido, entre outras coisas, que não existe obrigatoriedade por parte dos empresários promotores de espectáculos de entregar convites aos grupos de forcados. Foi também decidido não aumentar o valor dos descontos para a ProToiro.
Paulo Pessoa de Carvalho não considera que a APET esteja "em guerra" com os toureiros e os forcados. "Pelo contrário, não aceitámos as imposições que nos foram postas pelas respectivas associações, mas estamos, como sempre estivemos, aberto a negociar, prontos para nos sentarmos à mesa de negociações com os toureiros e os forcados", adianta o presidente da Associação de Empresários.
Foto M. Alvarenga
