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| Montemor foi uma vez mais praça cheia! |
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| Rouxinol somou e seguiu com mais um grande triunfo ontem em Montemor |
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| Momentos das lides empolgantes de Marcos Bastinhas, que ontem não se deu por vencido na competição com o "rival" João Moura Caetano! |
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| Manuel Vacas de Carvalho (nesta e na foto de baixo), um jovem cavaleiro muito ao estilo clássico de seu Mestre, Luis Miguel da Veiga |
Miguel Alvarenga - Montemor foi ontem outra vez "praça cheia"! Terão faltado, segundo o empresário Simão Comenda, "cerca de 300 bilhetes vendidos no sol, mas entende-se, com este calor é impossível estar ao sol, mas não podemos iniciar as corridas mais tarde porque a praça não tem iluminação e por isso as corridas não podem prolongar-se até à noite".
Os toiros (toiros de verdade) da ganadaria de Herdade de Pégoras, foram a base e a garantia de uma grande corrida, emocionante e de permanente "vibração" por parte do público.
Moura Caetano destacou-se e foi, sem favor, o grande triunfador da tarde (ler notícia anterior), depois de uma lide magistral no segundo toiro da ordem, com o fantástico cavalo "Temperamento".
Mas o apoteótico triunfo de Caetano "não calou" Marcos Bastinhas. São dois dos mais sérios candidatos ao trono e ao posto de Triunfador da Temporada e ontem "bateram-se" com "unhas e dentes" por mais esta "batalha" em que encontravam frente-a-frente.
Bastinhas não deixou os seus créditos por mãos alheias e saíu também de Montemor em plano de grande triunfador, apesar da espectacular queda com que iniciou a sua primeira lide (ver fotos publicadas há momentos). Esteve fabuloso depois do acidente e voltou a evidenciar o excelente momento que vive no seu segundo toiro, em que desenvolveu uma lide em crescendo, em constante "contágio" com o público, rematada com dois "violinos" que fizeram "explodir" os aficionados.
Luis Rouxinol já não precisa de provar nada a ninguém, nem está, antes pelo contrário, em fase de afirmação, como estes dois jovens cavaleiros que ontem foram seus companheiros de cartel. Limitou-se a cumprir como cumpre sempre, isto é, a triunfar "à grande", com uma primeira actuação "bombástica" e uma segunda correctíssima, pena apenas que o toiro tivesse sido aquele que menos transmitiu. Empolgante o par de bandarilhas com que fechou esta sua apoteótica passagem pela arena montemorense.
Por fim, o jovem Manuel Vacas de Carvalho, filho do empresário e ex-cabo dos forcados locais, Paulo Vacas de Carvalho e aluno de Mestre Luis Miguel da Veiga - a quem foi saudar no final da sua lide. Ainda cavaleiro praticante (sem alternativa de profissional), lidou o quarto toiro da ordem, antes do intervalo, um "Pégoras" igual aos outros, de muito boa nota.
Vacas de Carvalho, que ainda não vira desde a sua prova de praticante, evoluiu "uma enormidade". Está bem montado e tem um estilo "à Veiga". Faz falta também um toureiro jovem numa linha clássica entre a nova vaga. Boa noção de lide, de terrenos e do toureio. Teve música e teve o público a seu lado. Promete, este Manuel!
Ricardo Pereira foi, como é sempre, um diligente, aficionado e competente director de corrida. Nota alta para todos os bandarilheiros, nomeadamente David Antunes e Josué Salvado, Pedro Paulino e João Fera, Ricardo Raimundo e Gonçalo Veloso, Gonçalo Montoya e Duarte Alegrete.
Fotos Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com
