Francisco Paralta, cabo dos Forcados Amadores de Portalegre, na foto ao lado, na mesa da conferência de imprensa de ontem em Portalegre, onde foi apresentada a corrida de 4 de Julho, de homenagem a Paulo Caetano, ladeado por Ricardo Carrilho, cabo dos Amadores de Monforte, chegou ontem com cerca de uma hora de atraso à cerimónia e no final saíu apressado, recusando-se mesmo a posar na foto de grupo (em cima) com os autarcas de Portalegre, de Monforte e de Arronches, com o empresário "Nené" Cardoso, os cavaleiros Paulo Caetano e João Moura Caetano, Maria Moura Caetano Couceiro e os cabos dos dois outros grupos da corrida, Ricardo Nunes (Arronches) e Ricardo Carrilho (Monforte).
Já no exterior do Hotel José Régio, onde decorreu a conferência seguida de um beberete, o cabo dos Amadores de Portalegre desdobrou-se em telefonemas, gesticulando e falando alto.
O estranho comportamento de Francisco Paralta não teve a ver, dizem-nos, com o veto, entretanto já ultrapassado, que no ano passado foi decretado ao seu grupo pelos restantes grupos da região, depois de os Amadores de Portalegre se terem negado a pegar com os de Alter na corrida da Feira das Cebolas, mas sim e exclusivamente com o facto de não lhe terem dado a palavra na conferência de imprensa.
"O cabo de Portalegre chegou no fim, aliás, avisara que chegaria tarde e até pediu que atrasássemos um pouco o início da conferência, o que fizemos. Chegou quando a presidente da Câmara de Portalegre deu a sessão por encerrada, perguntando ainda se mais alguém queria falar, ele não quis e foi-se embora, por isso não pode dizer que não lhe deram a palavra", explica-nos o empresário "Nené".
Ao que o "Farpas" sabe, Francisco Paralta não queria inicialmente repartir cartel com mais dois grupos de forcados, mas acabou por ceder e deixar-se anunciar. Ontem, terá voltado a "ameaçar" que não pegava a corrida de 4 de Julho.
"No ano passado, já cedi aos Amadores de Portalegre quando fui praticamente obrigado a tirar da corrida das Cebolas o Grupo de Alter do Chão, com o qual tinha um compromisso empresarial. E este ano não volto a ceder. Disse ao cabo que se não quisessem pegar, não pegavam, não seria por isso a corrida se deixaria de dar", acrescenta o empresário.
Ontem e depois de vários telefonemas nos quais voltou a "ameaçar" que não pegava, Francisco Paralta acabou por contactar "Nené" ao início da noite e quando este jantava tranquilamente em Estremoz. "Pediu-me desculpa pela forma como me tinha falado ao telefone anteriormente e o assunto ficou sanado, os Forcados de Portalegre estão anunciados e pegam na corrida de 4 de Julho, ponto final", diz "Nené", a rematar.
Entretanto, António José Batista, o cabo-fundador do Grupo de Portalegre, estava "de prevenção" e já se disponibilizara ao empresário para formar um grupo de veteranos e pegar no dia 4, caso Paralta se negasse mesmo a fazê-lo. Mas, felizmente, os ânimos serenaram e tudo voltou ao princípio...
Fotos Maria João Mil-Homens