Ricardo Levesinho (foto ao lado), antigo empresário da praça de Vila Franca, não perdeu tempo e já comentou hoje na sua página da rede social "Facebook" o escândalo do Miurita (fotos de cima) indecoroso e sem o mínimo de trapio que terça-feira passada saíu à arena da "Palha Blanco", como segundo "toiro" da noite. O ex-gestor da castiça praça vilafranquense, referindo-se sempre aos anos em que geriu a praça como "o tempo antigo", não poupa indirectas à Comissão de Vedores de Toiros da Santa Casa da Misericórdia e também, sem o nomear, ao seu sucessor e novo empresário da praça, Paulo Pessoa de Carvalho. Curiosamente, um e outro são, respectivamente, presidente e vice-presidente da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET).
Eis o polémico comentário de Levesinho sobre o lamentável incidente ganadero de terça-feira em Vila Franca:
"Desculpem-me quem muito me pede para me conter, mas...
"No tempo 'antigo' não existiam vedores, que até ao que parece não têm capacidade de veto, mas sim de aconselhamento e que. ao não terem quem assuma implica que levem 'tiros' porque ficam desprotegidos.
"No tempo 'antigo', quem escolhia eram os Ganaderos e a Empresa.
"No tempo 'antigo', na casa Miura, os toiros estabelecidos eram sempre os que vinham.
"No tempo actual, e a fazer fé na publicidade da corrida, os que vieram eram exactamente os que foram anunciados!
"Quem enganou quem?
"Na vida, o dar a cara é fácil! Basta ser homem e assumir os erros, porque a capacidade de perdoar o erro existe! O perdoar falta de carácter, não! Por isso, não acredito que quem gere assuma e defenda esta teoria!".
Fotos Maria Mil-Homens