sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Adeus, Fernando Palha: perdemos o último símbolo de uma geração-outra


Era um Homem emblemático, talvez mesmo o derradeiro símbolo de uma geração-outra que primou por uma riqueza de valores, de portuguesismo e sobretudo de um amor diferente pela Festa Brava. O sombrero que eternamente usava dava-lhe o ar nobre de um antigamente que ele soube respeitar e simbolizar até ao fim. Foi um ganadeiro apaixonado, um aficionado que impunha respeito em qualquer lugar e um defensor solidário das bonitas causas, tendo tido papel de relevo na Santa Casa da Misericórdia da sua Vila Franca de Xira.
Fernando Palha morreu ontem com 83 anos, depois de ter estado um período internado no Hospital da Luz (Lisboa), vítima de doença que não perdoa. Não é um lugar-comum se dissermos que ficámos todos mais pobres e que, afinal, há mesmo pessoas que são insubstituíveis. É uma verdade. Triste.
O corpo estará hoje em câmara ardente na Quinta das Areias, em Vila Franca. E as cerimónias fúnebres terão lugar amanhã.
A toda a Ilustre Família enlutada, as nossas mais sentidas condolências.
Que em paz descanse.

Foto Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com