Miguel Alvarenga - O Silvino era para mim mais que um Amigo. Era uma referência desde que, com meu Pai, ainda miúdo, comecei a frequentar a casa do "velho" Afonso, avô dos cavaleiros José Manuel e Afonso Correia Lopes.
Era o eterno "homem dos cavalos". De uma simplicidade, de uma educação, de uma grandeza.
Depois, quando o Zé Manel e o Quim (Afonso) deixaram de tourear, o Silvino passou-se para a equipa de Emídio Pinto e agora para a do Duarte. Sempre o mesmo homem, sempre aquela delicadeza, aquela humildade, aquela amizade.
Estava doente. Ontem, a Virgínia, sua Mulher, comunicou-me que nos tinha deixado.
Ficou para trás um número enorme de recordações, de momentos que vivi desde criança, dos tempos em que ia com o meu irmão à quinta de A-da-Beja aprender com o Zé Manel a montar a cavalo. Nunca tive grande jeito, por maior que fosse o mestre.
Perdi mais um Amigo. Perdi tantos nos últimos tempos...
Um beijo, Virgínia. Outro, Silvino. Homem simples, Homem grande.
Foto D.R.