Realizou-se ontem no Tribunal de Portalegre a última sessão, com a leitura de alegações, do julgamento em que o Maestro João Moura é acusado por 18 crimes de maus-tratos a animais de companhia, o célebre caso que ficou conhecido como o dos galgos na Quinta de Santo António, em Monforte.
Ao contrário daquilo a que fora aconselhado pelo seu advogado, Dr. Luis Semedo, João Moura optou por falar no final da sessão, assumindo "uma parte da responsabilidade", sustentando que estava a passar por "uma fase económica menos boa", tendo o Tribunal validado esta curta declaração do cavaleiro.
O Ministério Público pediu a condenação do cavaleiro, não especificando a que pena, enquanto que a defesa pediu a sua absolvição. Os advogados das associações de defesa dos animais, que se constituíram assistentes no processo, pediram a pena de prisão efectiva para o toureiro, bem como a proibição de contacto com animais de companhia. A SOS Animal é representada neste processo pelo Dr. Garcia Pereira, histórico líder do MRPP.
O facto de ser primário, isto é, ser esta a primeira vez em que é acusado em tribunal por um crime destes, pode jogar a favor de João Moura, livrando-o de uma pena de prisão efectiva.
A leitura da sentença ficou marcada para a próxima quarta-feira, dia 24 de Janeiro.
Foto M. Alvarenga