Miguel Alvarenga - É o momento! Ou vai ou racha - e se rachar será fatal para a Tauromaquia e para todos nós.
O Campo Pequeno não está em perigo - como se apregoa. O Campo Pequeno só estará realmente em perigo - e com o seu futuro em causa - se os aficionados encolherem os ombros, deixarem andar e não forem à praça na próxima quinta-feira.
Não existe qualquer má vontade do actual empresário do Centro de Lazer contra a Tauromaquia e contra a realização de corridas de toiros (razão de ser pela qual se construiu esta praça há 130 anos) - sei o que digo, de fonte seguríssima, estejam tranquilos.
O facto de este ano só haver quatro datas disponíveis para realizar corridas de toiros tem simplesmente a ver com o facto de Álvaro Covões estar a promover todos os concertos que tinha agendados para os dois anos da pandemia e que que ficaram adiados, mais os deste ano; e com o facto de a praça ter permanentemente montado, até agora, o palco na arena.
Se os aficionados corresponderem, se houve vontade de continuar a ver corridas de toiros em Lisboa, o ano que vem já será normal.
Mas para isso é necessário e urgente que não transmitamos o facto de que nos estamos nas tintas para o Campo Pequeno. Se esta quinta-feira a praça não encher, como se impõe, corremos, aí sim, o sério risco de ver cada vez mais reduzido o número de corridas na capital. Estaremos a transmitir a quem de direito que a praça, afinal, não nos falta falta e que podem dispor dela exclusivamente para a música.
Não é assim tão difícil de entender, parece-me, a importância que tem enchermos esta quinta-feira o Campo Pequeno - e voltarmos a fazê-lo nas próximas três corridas (4 e 18 de Agosto e 8 de Setembro).
É o momento! O momento de dizermos Presente e de demonstrarmos a importância que o Campo Pequeno tem para todos nós.
Se não o fizermos já esta quinta-feira, depois pode ser tarde de mais!
Foto M. Alvarenga