Joaquim Brito Paes demonstrou ao longo das últimas temporadas estar preparado para o importante passo que na próxima quinta-feira vai dar na primeira corrida do ano em Lisboa, onde recebe a alternativa e se consagra como uma das novas estrelas do firmamento do toureio equestre nacional.
A poucos dias da grande noite, o jovem toureiro da histórica Dinastia Brito Paes dá-se a conhecer aos aficionados, fala de si e dos seus objectivos, afirma que está a tirar o curso de Zootecnia, mas que ao mesmo tempo trabalha diariamente para alcançar o sonho de um dia ser figura do toureio. Tem todas as qualidades para o ser.
Quando lhe perguntei o que podem os aficionados esperar dele na próxima quinta-feira no Campo Pequeno, não hesitou: “Um Brito Paes sólido, um miúdo que quer ser marcante na Festa!”. Vamos ouvi-lo.
Entrevista de Miguel Alvarenga
- Ser cavaleiro é um destino marcado na Vossa Família?
- Sim, é. Todos cá em casa somos apaixonados pelo toiro e pelo cavalo e, por isso, assim não podia deixar de ser.
- O Joaquim vai tomar a alternativa no Campo Pequeno nesta próxima quinta-feira numa corrida em que se anunciam as dinastias mais antigas do toureio a cavalo. Isso significa uma responsabilidade acrescida?
- Tomar a alternativa na emblemática Praça de Toiros do Campo Pequeno, com um cartel como este, é um privilégio, e traz-me muita ilusão. É um prazer enorme poder actuar numa corrida com tanta importância e, ainda mais, por essa ser a do dia da minha alternativa.
- Este é o cartel com que sonhara para a sua alternativa?
- Vai abrir aquela que muitos consideram a temporada mais problemática dos últimos anos, só com quatro corridas, na primeira praça do país. É importante que os aficionados acorram e demonstrem a importância que o Campo Pequeno tem para todos nós. Que mensagem quer deixar ao público aficionado?
- A tauromaquia está viva, e eu acredito muito que a afición continua de pé. Acredito que, embora só havendo quatro corridas este ano em Lisboa, os aficionados vão a esta e às restantes corridas e que vamos mostrar, na primeira praça do país, do que é feita a tauromaquia e o valor que esta tem.
Aos aficionados peço que vão à corrida, que não tenham medo de mostrar o gosto por esta arte e, claro, que acima de tudo desfrutem desta que vai ser uma noite tão importante para mim. Vamos mostrar que a tauromaquia está unida e com força!
- Quem são os seus ídolos no toureio a cavalo?
- Como define o seu estilo?
- Um estilo actual, absorvendo todas as qualidades de todos os toureiros e, obviamente, sem esquecer as boas regras do toureio a cavalo.
- Vai estrear uma casaca nessa noite? A quem vai brindar a lide da alternativa?
- Dia de alternativa é dia de várias surpresas, e para não fugir à regra vou surpreender todos os aficionados!
- Com quem gostaria um dia de tourear mano-a-mano?
- Com os da minha geração, com António Ribeiro Telles filho e Tristão Ribeiro Telles. Das gerações mais velhas, com João Salgueiro, João Ribeiro Telles e Francisco Palha.
- O Joaquim estuda ou vive apenas para o toureio?
- Estou a acabar o curso de Zootecnia e ao mesmo tempo treino todos os dias para um dia ser figura do toureio. Meti sempre na cabeça que se queria ser toureiro, tinha que tirar um curso. Estou a terminar Zootecnia, mas sempre com a grande ilusão de tourear todos os dias, para alcançar o meu objectivo.
- Tem namorada? Como é o seu dia-a-dia?
- Tenho sim! O meu dia-a-dia é passado na quinta, com o meu irmão António Maria e a nossa equipa a trabalhar os cavalos e a treinar para as corridas. No meio do trabalho e, à noite, de algum estudo, tento conciliar o meu tempo também para estar com amigos, namorada e família.
- Quais são as suas metas imediatas no toureio?
- O que podem os aficionados esperar de si no próximo dia 21 no Campo Pequeno?
- Um Brito Paes sólido , um miúdo que quer ser marcante na Festa e que nesse dia o vai demonstrar!
Fotos M. Alvarenga