terça-feira, 25 de abril de 2023

António Nunes avançou com providência cautelar no Tribunal Administrativo de Lisboa para suspender despacho da IGAC

Última Hora - Deu ontem entrada no Tribunal Administrativo de Lisboa uma providência cautelar de suspensão de eficácia de acto administrativo interposta pelo apoderado e empresário António Nunes (foto de cima) para suspender o despacho do Director-Geral da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) que no final da temporada passada veio impôr novas regras no espectáculo tauromáquico, à margem do Regulamento, passando, nomeadamente, a atribuir somente duas senhas de trincheira a cada artista (quando antes lhes eram facultadas quatro).

António Nunes, apoderado dos cavaleiros Andrés Romero (rejoneador espanhol) e João Moura Caetano, administrador das sociedades Camacho Nunes-Recuperação de Crédito (em baixo, foto do escritório em Lisboa) e Camacho, Nunes e Associados-Advogados, entende que esse despacho "é completamente ilegal e não faz lei".

Após a distribuição (da providência cautelar), o Tribunal terá que notificar a IGAC para exercer o contraditório e enquanto o juiz não proferir sentença, terá efeito suspensivo (do despacho), acabando-se, segundo António Nunes, "com os abusos por parte da IGAC da não atribuição das quatro senhas de trincheira a cada artista, como está estipulado no Regulamento do Espectáculo Tauromáquico e da não permissão de quatro elementos da equipa de cada artista na trincheira".

Esta guerra de António Nunes contra a IGAC estalou, recorde-se, na última corrida da passada temporada, realizada em praça portátil na Golegã, quando o apoderado ameaçou que o rejoneador Andrés Romero não actuaria se não fosse permitida a permanência na trincheira de quatro elementos da sua equipa.

António Nunes prevê que o despacho já se encontre suspenso no próximo sábado, quando os seus dois cavaleiros actuarão em Beja e que volte a vigorar a lei que permite a atribuição de quatro senhas de trincheira a cada artista em todos os espectáculos tauromáquicos.

O empresário/apoderado fez aquilo que a PróToiro deveria ter feito e não fez. É o que é.

António Nunes a tentar pôr ordem na casa, depois de na semana passada ter provocado a interrupção da Assembleia-Geral da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), com dois agentes da PSP e um agente de execução a notificarem o presidente cessante para que apresente as contas dos últimos quatro anos.

Fotos D.R.