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| Paco Velásquez no sábado na Chamusca |
O cavaleiro Paco Velásquez prossegue a sua brilhante temporada e no passado sábado brilhou na Chamusca, na corrida de mudança de cabo do Grupo de Forcados Amadores da Chamusca, em que actuou mano-a-mano com António Telles filho, igualmente em nível muito alto. Lidaram-se toiros de Veiga Teixeira, Vale de Sorraia e Cochicho e há que destacar nesta tarde a actuação dos Amadores da Chamusca, marcada pela despedida do cabo Nuno Marecos (forcado com uma história de glória de mais de trinta anos), que passou o testemunho ao valoroso Diogo Marques, filho do antigo cabo Nuno Marques, que rabejou dois toiros com a raça e a arte de sempre.
Lamente-se a falta de público. Nuno Marecos merecia mais na tarde do adeus às arenas. E a aficion, valha a verdade, merecia um elenco mais completo e mais chamativo do que este mano-a-mano sem uma razão muito plausível que o justificasse.
Um mano-a-mano justifica-se - mais que isso: impõem-se! - quando dois toureiros andam "em guerra", em competição. Querem exemplos? Domecq-Moura no passado, Batista-Veiga e tantos mais como Manuel J. Oliveira-Moura, Moura-João Telles, Moura-Caetano, para lembrar só estes.
Independentemente do valor de Paco Velásquez e do valor de António Telles (indiscutível nos dois casos), são dois cavaleiros que não protagonizaram até aqui nenhuma rivalidade, nenhuma competição. Um mano-a-mano António-Tristão era outra coisa. Este não teve justificação nenhuma. Por isso, ninguém se pode admirar de o público não ter acorrido à praça...
Ontem em Alcácer do Sal, Paco Velásquez brindou a sua lide ao seu apoderado Diogo Passanha (fotos de baixo), mas "bailou com a mais feia", tocando-lhe o pior toiro do curro de Santa Maria. Lide esforçada e de muita raça e entrega.
Até ao final da temporada, Paco Velásquez ainda vai actuar num festejo em Espanha, na tradicional corrida de 1 de Novembro no Cartaxo e no dia 9 no festival que se realiza na Golegã.
Fotos Miguel Calçada
