segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Lembrar o Maestro Júlio Robles, onze anos depois da sua morte


Procurei, procurei, encontrei, digitalizei e ela aqui está. A foto tem mais ou menos quinze anos, não me lembro ao certo. Fui a Salamanca com o Maestro Amadeu dos Anjos e o meu companheiro de crítica Domingos da Costa Xavier (que, não sei porquê, não está aqui na foto) para assistir a um festival em que actuavam, entre outros, "Manzanares", Roberto Domínguez e Rui Bento Vasquez, uma organização anual do Maestro Júlio Robles (já então tetraplégico, numa cadeira de todas, desde a trágica colhida em França). O festival não se realizou, porque choveu. E - melhor, ainda - a tarde foi passada em casa de Júlio Robles: uma tarde que jamais esquecerei. A foto está autografada por "Manzanares", que uns anos mais tarde encontrei em Monforte, quando seu filho ali toureou num festival.
Onze anos depois da sua morte, aqui presto hoje mais uma homenagem ao Maestro Robles. Lembrando aquela tarde incrível e inesquecível. Lembrando o seu humor, a sua graça, a sua vontade tremenda de viver - que bem testemunhei nesse dia.
Na foto estão, em cima: o matador de toiros Paco Pallarés (que actuou em Lisboa a 16 de Outubro de 1966 no festival em que morreu "Quim-Zé" Correia e que foi apoderado de Rui Bento, entretanto também ele falecido), eu, o Maestro Amadeu dos Anjos e o Maestro José Maria "Manzanares". Em baixo, está um jovem novilheiro de Salamanca que também iria actuar nesse festival e cujo nome não me lembro, Júlio Robles e Rui Bento.
É uma foto com história, de um dia que o foi muito mais!

Foto D.R.